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Com reformas estruturais, Brasil deve ter enxurrada de dólares, diz Benchimol


CEO da XP citou na Live do Valor ambiente de ampla liquidez após medidas adotadas por BCs e taxas de juros baixas ou até negativas Se o Brasil realizar as reformas estruturais e mantiver a solvência, deverá ter uma enxurrada de dólares entrando nos próximos anos, disse o fundador e CEO da XP Inc., Guilherme Benchimol, na Live do Valor desta quarta-feira.

Benchimol disse estar otimista, acima de tudo, porque há muito dinheiro em circulação após as medidas monetárias adotadas pelos bancos centrais no mundo todo para mitigar os efeitos da pandemia, ao mesmo tempo em que muitos países estão com taxas de juros negativas. “A expansão monetária americana por si só injetou dólares no mundo todo. Há dinheiro sobrando e o Fed [Federal Reserve, o BC americano] disse que não vai aumentar os juros, então temos de dois a três anos de juros zero ou quase zero”, explicou.

Neste contexto, o Brasil é atrativo, na visão dele, justamente porque há necessidades em diversos setores. “O Brasil tem muitas oportunidades. Falta-nos quase tudo, desde infraestrutura, educação e saúde. Se investidores procuram oportunidades, atmosfera positiva, estabilidades política e econômica, temos essas qualidades. Claro que é importante ter reformas e que a gente consiga manter a solvência no longo prazo. Superado isso, deve ter enxurrada de dólares entrando no Brasil nos próximos anos”, prevê.

Ele atribuiu o fim da produção da Ford no Brasil à não renovação de subsídios pelo governo. “O caso da Ford tem relação com questão de subsídios que a sociedade sempre reclamou. O governo não quis renovar e por conta disso a empresa quis fechar. Pelo que sei, essa decisão já foi tomada há dois anos”, apontou.

Sobre o risco de outras empresas estrangeiras tomarem a mesma decisão, ele disse ver uma explosão transformadora de empreendedorismo acontecendo, citando que em 2020 houve expansão de 5% a 10% de CNPJs. “Óbvio que estamos sob efeito da pandemia e o Brasil vai ter um dos menores decréscimos (do PIB) em 2020, de 4% a 5%. Mas é importante que a inciativa privada ocupe o espaço que até então o governo ocupava”, entende.

Reprodução

Benchimol comentou ainda que aquelas empresas que não assumirem compromissos com temas sociais, ambientais e de governança, conhecidos pela sigla ESG, não irão sobreviver. “Todo mundo está cada vez mais consciente do que é melhor fazer para tornar o mundo melhor. Os investidores querem ganhar dinheiro, mas também querem que o capital alocado sirva para deixar um mundo melhor. É um círculo que não tem limite e os investidores vão cada vez menos tolerar empresas que não fazem bem para a sociedade”, disse.

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