O coronavírus segue fora de controle na Inglaterra e o país tenta evitar o colapso no sistema de saúde enquanto distribui vacinas para a população. A capital britânica é um dos principais focos da doença na Europa neste momento. Em certas áreas da cidade, uma em cada 20 pessoas testou positivo para Covid-19 nos últimos dias. Na terça-feira, 12, o governo britânico reabriu o hospital de campanha montado em um centro de convenções na zona leste de Londres. O Nightingale Hospital tinha sido inaugurado em abril para ajudar a desafogar o sistema da cidade — mas a unidade foi claramente mal dimensionada em um momento em que ainda se sabia pouco sobre a pandemia.
Apesar de ter potencial para receber até quatro mil pacientes, o hospital de campanha tratou pouco mais de cinquenta e foi desativado em maio. Agora, com o agravamento da situação, ele volta a operar em escala menor e também com um centro de vacinação contra o Covid-19. Só na terça-feira o Reino Unido registrou 1.243 mortes causadas pela doença, na segunda maior estatística desde o início da pandemia. Os números da semana, no entanto, sugerem que o pico dessa nova onda pode estar se aproximando aqui na Inglaterra. Quatorze bairros de Londres registraram quedas expressivas nos números de contaminações. Outros 18 tiveram aumento de contágio.
Na capital o ritmo de vacinação está acelerado, mas o governo entende que na média nacional as metas ainda não foram atingidas. Os britânicos se escoram na promessa feita pelo primeiro-ministro de vacinar todos os grupos de risco até a metade de fevereiro. Também nesse período o terceiro lockdown do Reino Unido será revisto. Ainda não se espera um relaxamento das regras de distanciamento social, pelo contrário. Se a realidade de hoje não for alterada é bem possível que a Inglaterra siga em quarentena ainda por algum tempo.
Jovem Pan