Um jeito novo de salvar vidas. As células-tronco mesenquimais, encontradas no cordão umbilical e nos dentes de leite, estão sendo usadas no tratamento de pacientes com casos graves de Covid-19. Uma pesquisa feita pela Universidade de Miami, nos Estados Unidos, mostra que elas reduzem o risco de morte por coronavírus e aceleram o tempo de recuperação. Ao todo, participaram do estudo 24 pacientes internados com síndrome respiratória grave. Desse total, 85% dos que receberam células-tronco sobreviveram, contra 42% dos que receberam placebo. Os pesquisadores também relataram que o tempo de recuperação foi mais rápido. Mais da metade dos pacientes tratados com as infusões voltaram para a casa em duas semanas.
O diretor clínico do Centro de Criogenia Brasil, Alexandre Ayoub, explica como as células-tronco agem do organismo. “Elas eliminam o sistema imunológico, elas provocam processo de desinflamação rápida e formam as novas células para não serem destruídas”, relata. Cada paciente demada uma quantidade diferente de infusões. A estimativa é que a cada quilo sejam necessárias de um a dois milhões de células-troncos. Ou seja, um paciente com 70 quilos deve receber, pelo menos, 70 milhões dessas células. No ano passado, a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, autorizou que as células-tronco sejam usadas para o tratamento experimental contra a Covid-19. No entanto, nenhuma equipe médica solicitou o material até o momento, segundo a agência.
O diretor clínico do Centro de Criogenia Brasil, Alexandre Ayoub, explica que, por ser uma pesquisa, o tratamento não tem custo para o paciente. “Os bancos que estejamcredenciados a produzir células-tronco estão autorizados a fornecer essas células mediante um pedido médico daquele hospital, daquela UTI, daquele indivíduo que está sendo tratado. Por ser um processo de pesquisa, ele não pode ser cobrado”, conta. As recentes descobertas com as células-tronco são importantes não apenas para tratar a Covid-19, mas também outras doenças, como diabetes autoimune tipo um.
*Com informações da repórter Nicole Fusco
Fonte: Jovem Pan