Funcionários da Casa Branca pressionaram o principal promotor federal de Atlanta a renunciar antes do segundo turno do Senado da Geórgia porque o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou que ele não estava fazendo o suficiente para investigar as alegações de fraude eleitoral, disseram pessoas a par do assunto. Uma autoridade sênior do Departamento de Justiça, a pedido da Casa Branca, ligou para o procurador-geral nomeado por Trump, Byung J. Pak, e disse que ele precisava renunciar porque não estava investigando alegações de fraude eleitoral para a satisfação de Trump. Pak renunciou abruptamente na segunda-feira – um dia antes do segundo turno – dizendo em um e-mail matinal a colegas que sua saída foi devido a “circunstâncias imprevistas”. A pressão sobre Pak foi parte da campanha de Trump para tentar alterar os resultados da eleição presidencial, vencida por em favor do presidente eleito Joe Biden. Trump disse esta semana, após o motim no Capitólio dos EUA, que deixaria o cargo em 20 de janeiro, quando Biden tomar posse. Falou, também, em transição pacífica – e que não participará da posse.
Enquanto as autoridades eleitorais na Geórgia verificavam assinaturas em envelopes de votos por correio em um condado da região metropolitana de Atlanta, Donald Trump, pressionou o investigador principal para “encontrar a fraude” e disse que isso faria do investigador um herói nacional. A ligação de dezembro, descrita por uma pessoa familiarizada com o assunto que falou sob condição de anonimato para descrever a natureza delicada da discussão, precedeu a ligação de Trump em 2 de janeiro para o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, na qual ele pediu aos funcionários eleitorais para “encontrar” Votos suficientes para anular a vitória de Joe Biden na eleição presidencial do Estado. A ligação para o investigador ocorreu enquanto os funcionários eleitorais conduziam uma auditoria de assinaturas em envelopes de votos por correio no Condado de Cobb. A auditoria, que analisou mais de 15 mil assinaturas, não encontrou nenhum caso de fraude. O Georgia Bureau of Investigation ajudou a conduzir a auditoria de assinaturas. (Com agências internacionais).
*Com informações do Estadão Conteúdo
Fonte: Jovem Pan