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As condições colocadas pelo PSOL para apoiar Baleia Rossi para a presidência da Câmara

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Na tarde desta segunda-feira, 4, PT, PSB, PCdoB, PDT e Rede anunciaram apoio à candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) para a presidência da Câmara dos Deputados. Entre todos os partidos de oposição, apenas o PSOL ainda não formalizou sua decisão. A sigla, que tradicionalmente lança uma candidatura para o comando da Casa, trata o dia 15 de janeiro como data limite para que os integrantes da bancada se reúnam para debater o assunto. Os parlamentares estão divididos entre apoiar o nome do emedebista ou colocar um nome próprio na disputa. Em entrevista à Jovem Pan, a líder da bancada, deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) rechaçou qualquer possibilidade de um integrante do partido votar em Arthur Lira (PP-AL), expoente do Centrão e candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Esse risco [de votar em Arthur Lira] o PSOL não corre. Nenhum dos deputados vota nele. Inclusive já temos como definição que, caso haja segundo turno, o PSOL votará no Baleia para derrotar Lira. Não existe nenhuma dúvida. A discussão, por ora, é a seguinte: se vale a pena lançar uma candidatura própria, para deixar claras as nossas diferenças em relação o Baleia, apresentar à sociedade um programa próprio, ou tentar apresentar e resguardar esse nosso programa já apoiando o Baleia no primeiro turno, tendo em vista esse processo acelerado de assédio e negociação que o governo Bolsonaro, junto ao Lira, vem fazendo na Câmara”, disse à Jovem Pan.

Sâmia Bomfim, que é favorável à ideia de o PSOL aderir à candidatura de Baleia Rossi, explica que a possibilidade de o partido abrir mão de sua candidatura própria ocorre porque, em sua avaliação, “o perigo de Lira ganhar é real”. “Existe um cenário de perigo do Lira levar, inclusive, no primeiro turno. O governo Bolsonaro tem a máquina na mão. A gente sabe de um processo intenso de liberação de emendas, negociação de cargos. Para mim, pelo menos, um cenário de eleição do Lira é o pior dos cenários. Vai alavancar a agenda de Bolsonaro e dá mais condições para que ele dispute as eleições [presidenciais] em 2022. E, no meu ponto de vista, o principal papel do PSOL deve ser o de derrotar Bolsonaro, impedir que ele tenha mais condições eleitorais e dar mais condições para que coloquemos nossas propostas”, explica.

A líder do PSOL na Câmara também cita quais são as condições para que o partido apoie Baleia Rossi. Além da garantia da independência da Casa e da resistência à pauta de costumes, a legenda pede prioridade com programa nacional de vacinação, a instalação de um programa de renda básica para suprimir o problema do fim do auxílio emergencial, a garantia de que matérias sobre privatização e autonomia do Banco Central, por exemplo, não sejam pautadas e manutenção dos instrumentos como a instalação de CPIs e convocação de ministros. “Seria adesão crítica”, resume Sâmia.

A eleição para a presidência da Câmara ocorrerá no dia 1º de fevereiro. Para vencer a eleição, o candidato precisa conquistar maioria absoluta, isto é, 257 votos. Caso esta quantidade não seja alcançada, os dois nomes mais votados disputarão um segundo turno. O bloco costurado pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, reúne 11 partidos (PT, DEM, PDT, PSB, MDB, Cidadania, Rede, PV, PcdoB, PSDB e PSL) que, somados, possuem 281 parlamentares. Arthr Lira, por sua vez, conta com o apoio de 10 legendas (Progressistas, PL, Avante, Republicanos, Solidariedade, PSD, PTB, PROS, PSC e Patriota), que contam com 204 deputados. O PSOL possui 10 deputados federais.

Fonte: Jovem Pan

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