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Valor 1000: Évora tem receita recorde com combate à pandemia

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Multinacional brasileira espera que a consolidação de investimentos recentes mantenha a taxa de crescimento elevada Com crescimento médio anual ponderado de 20%, entre 2016 e 2020, o grupo Évora ficou distante da crise enfrentada por grande parte das empresas provocada pela covid-19. A pandemia, inclusive, aumentou os negócios.

Évora

Com forte atuação em produtos ligados diretamente ao combate do coronavírus, como insumos para a fabricação de máscaras e aventais descartáveis, cujo consumo explodiu no mundo todo desde o ano passado, a Évora foi campeã no ranking do Valor 1000, em 2021, na categoria Plásticos e Borracha. O grupo, que registrou receita líquida consolidada de R$ 5,84 bilhões em 2020 – crescimento de 50% em relação a 2019, um recorde em seus 32 anos de história – e margem Ebitda de 36,2%, conquistou o primeiro lugar na sua categoria pela terceira vez.

Silverio Baranzano, presidente da Fitesa: “Cada uma das empresas do grupo possui sua estratégia de ESG”

ATENÇÃO: DEFINIR CRÉDITO!

“Nossa expectativa é manter a taxa de crescimento em níveis elevados como resultado da consolidação de investimentos recentes e continuação do nosso programa de expansão”, explica o CEO da Évora & Fitesa, Silverio Baranzano, que assumiu o comando do grupo no começo deste ano.

Apenas no biênio 2020-2021 estão previstos investimentos totais de US$ 450 milhões, em um ambicioso plano de expansão do grupo. “Nossa estratégia de crescimento visa, principalmente, defender e fortalecer a posição das empresas nos mercados onde atuamos, ao mesmo tempo que avaliamos oportunidades de explorar novas geografias e aquisições.”

O grupo Évora foi fundado pelo imigrante chinês Sheun Ming Ling, que chegou ao Brasil no começo da década de 50 e se estabeleceu no Rio Grande do Sul. Ele trabalhou no ramo de industrialização de óleo até 1955, quando entrou em uma sociedade para comprar uma empresa do setor. A companhia prosperou e diversificou os negócios em vários setores nas décadas seguintes, como latas, fertilizantes, petroquímica e até computação.

Com o encerramento da sociedade em 1988, os negócios que ficaram com a família Ling se transformaram na multinacional brasileira Évora. Atualmente, todos os negócios são gerenciados por executivos do mercado e a família Ling, que detém 100% das ações da Évora, é representada no conselho de administração por filhos e netos do fundador.

Com sede em Porto Alegre e 31 unidades industriais em operação em 14 países como Estados Unidos, Argentina, Itália, Índia e China, a holding gaúcha é dona das empresas Fitesa e América Tampas e sócia da americana Crown Holdings na Crown Embalagens. A Fitesa, responsável por grande parte do bom desempenho do grupo nos últimos anos, é especializada em não tecidos de polipropileno, matéria-prima utilizada em diversos produtos, como fraldas descartáveis, roupas médicas, máscaras descartáveis, colchões e outros.

CEO da Évora & Fitesa, Silverio Baranzano assumiu o comando do grupo no começo deste ano

ATENÇÃO: DEFINIR CRÉDITO!

A América Tampas fabrica tampas plásticas para o mercado de alimentos, bebidas, higiene pessoal, limpeza doméstica e beleza e a Crown produz latas de alumínio para bebidas. Já a Rio Novo Florestal é um braço agroindustrial de produção de toras de pinus e eucalipto para usos múltiplos.

Enquanto muitas companhias no país e no mundo estão com suas atividades e lucros comprometidos há mais de um ano por causa das restrições sanitárias, as empresas do grupo Évora apresentaram bom desempenho nesse período. “O exemplo mais evidente é o da Fitesa, cujos não tecidos são utilizados como matéria-prima na fabricação de máscaras e aventais descartáveis”, diz Baranzano.

Da mesma maneira, segundo o CEO, o aumento na demanda por produtos de higiene pessoal e limpeza doméstica beneficiou a América Tampas. Por conta disso, o grupo não precisou fazer demissões durante o período pandêmico. No total, as empresas do grupo somavam 3.880 funcionários em junho deste ano.

O grande desafio do período mais recente, explica Baranzano, foi atender o crescimento explosivo da demanda por produtos na área de higiene e saúde nos mercados nacional e internacional. “Graças à capacidade de nossas equipes em identificar novas oportunidades e uma estrutura de governança que permite agilidade nas tomadas de decisões, fomos capazes de aprovar e executar, em tempo recorde, investimentos de mais de US$ 150 milhões para aumento de capacidade de produção”, diz Baranzano.

Por meio destes investimentos emergenciais nas fábricas, segundo ele, foi possível atender o mercado de máscaras e respiradores descartáveis nos Estados Unidos e na Europa, além de expandir a participação nos mercados de higiene e saúde na América Latina.

De olho nas tendências e padrões cada vez mais exigidos pelo mercado consumidor, em que as questões ambientais, sociais e de governança corporativa passam a exercer forte influência na tomada de decisões dos executivos e no dia a dia das fábricas, o grupo Évora procura conciliar o crescimento da multinacional com uma forte agenda ESG.

“Cada uma das empresas do grupo possui sua estratégia de ESG”, diz Baranzano, que cita ações desenvolvidas nos parques industriais da holding. Em 2020, a Fitesa estabeleceu o Green Team, comitê multifuncional que se reporta diretamente ao CEO e tem a missão de auxiliar a empresa na adequação das estratégias ligadas à sustentabilidade ambiental.

A Fitesa, segundo o CEO, publica todos os anos seus relatórios de sustentabilidade e apoia o Pacto Global da ONU, que convoca as empresas para alinhar as operações de seus negócios aos dez princípios universalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Já a Crown utiliza o alumínio na fabricação de suas latas, que possui taxa de reciclagem de quase 100% no Brasil.

Ainda na área de meio ambiente, a América Tampas procura incentivar a economia circular por meio do programa Tampinha Legal, o maior programa socioambiental de sua natureza na América Latina. Promovido pelo Instituto SustenPlast e que reúne diversas empresas e associações, o Tampinha Legal já recolheu mais de 30 toneladas de tampas plásticas apenas no primeiro bimestre deste ano, em todo o Brasil. Os R$ 70 mil arrecadados com a coleta foram enviados para entidades assistenciais participantes.

“Nosso impacto ambiental está concentrado no consumo de materiais de fonte não renovável e no fim de vida do produto pós-consumo”, diz o CEO, ao citar os programas ambientais adotados dentro da estratégia ESG da holding, que também contempla as ações por meio do Instituto Ling.

“Em relação à governança, mesmo sendo uma empresa privada, a Évora adota as mais modernas práticas do mercado, incluindo nossa estrutura de governança, que conta com conselheiros profissionais, e realização de auditorias.”

Fonte: Valor Invest

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