Primeiros casos e quarentena
Avanço da doença e problemas políticos
Nos meses seguintes, o país presenciou um forte avanço. Apenas em abril, foram registrados quase 80 mil novos casos, além de 5.700 novas mortes. Simultaneamente, a crise política envolvendo o Ministério da Saúde ganhava mais força, o que levou à demissão do então ministro Luiz Henrique Mandetta em 16 de abril. O oncologista Nelson Teich foi chamado para assumir a vaga, porém ficou no cargo por menos de um mês, deixando-o em 15 de maio, após desavenças com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Neste período, a doença continuou avançando e fazendo vítimas. Dentre elas, o compositor Aldir Blanc, que morreu em 4 de maio após complicações causadas pela doença. Ao fim do mês, o país já registrava 514.200 casos e 29.314 mortes, 23 mil a mais do que no fim de abril. Após a saída de Teich, o general Eduardo Pazuello assumiu o posto de ministro interino da Saúde. Neste cenário, o Brasil continuou vivendo um período de alta no número de casos e mortes. No dia 19 de junho, ultrapassou a marca de 1 milhão de infectados pelo novo coronavírus. Naquele mês, o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou uma parceria do Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac para produzir o vacina Coronavac. Ao mesmo tempo, mesmo com a tendência de alta, São Paulo e outros estados começaram planos de flexibilização da quarentena e reabertura das atividades. Ao fim do mês, o Brasil somava 30.289 mortes, elevando o total para 59.594, e 887 mil novos casos (1,4 milhão de infeectados ao todo).Curva com pico e princípio de queda
O pico da pandemia no Brasil aconteceu durante julho, quando diversas atividades já haviam sido retomadas pelo país. Em 31 dias, foram registrados 1.260.444 casos e 32.881 mortes causadas pela Covid-19, fazendo do julho o mês com mais infecções e óbitos de 2020. Dentre as vítimas da doença, estava o jornalista esportivo Rodrigo Rodrigues, que morreu em 25 de julho, depois de ter desenvolvido uma trombose venosa cerebral. Ao fim daquele mês, o Brasil somava 2.662.485 casos e 92.475 mortes causadas pela Covid-19. Entretanto, após um período duro, agosto começou a dar sinais de uma diminuição no ritmo de contágio. Foram registradas 28.906 mortes, 3.975 a menos em comparação ao mês anterior, e 1.245.787 infecções, 14.657 a menos do que em julho. Dentre as vítimas da doença em agosto está o ator Gésio Amadeu, que morreu no dia 5 daquele mês.Calmaria e novo crescimento
Nos meses seguintes, a tendência de queda foi mantida. Em setembro, por exemplo, foram registradas 22.581 mortes e 901.804 casos da Covid-19. Ao mesmo tempo, as flexibilizações nas grandes cidades do país aumentaram. Simultaneamente, a movimentação do governo federal e de estados por vacinas aumentou as expectativas. Em outubro, o Brasil registrou uma nova queda no avanço da doença, com 725.384 casos e 15.921 mortes. A situação apontava para um fim de ano tranquilo. Entretanto, novembro indicava o que viria pela frente. Apesar de terem sido registradas 13.237 mortes, 2.684 a menos do que em outubro, o número de casos voltou a crescer, em especial na segunda metade do mês. Ao todo, foram contabilizados 800.418 casos da Covid-19, número similar ao de junho, quando o país ainda caminhava para o pico. Em meio a esse cenário, dezembro se tornou o pior mês da pandemia desde setembro, registrando 20.038 mortes por Covid-19 ao longo de 31 dias. O Brasil fechou 2020 com 7.675.973 casos e 194.949 mil mortes. Dentre as vítimas fatais de dezembro estão os cantores Paulinho, do grupo Roupa Nova, e Ubirany, do grupo Fundo de Quintal, além das atrizes Christina Rodrigues e Nicette Bruno.Fonte: Jovem Pan