O tenente-coronel Rocha Lima, ex-comandante de três batalhões de Polícia Militar de Alagoas, esteve preso por quase oito meses. Ele afirma estar sendo perseguido e relata que passou a conviver com medicamentos controlados e sessões com psicólogos após a prisão.
Atualmente Rocha Lima atua como diretor administrativo do Hospital da Polícia Militar de Alagoas. O processo do tenente-coronel atualmente passa pelo aguardo de uma decisão da Justiça, já que a audiência de instrução foi realizada.
"Processualmente hoje, a situação do coronel é que ele foi denunciado por homicídio e está aguardando a sentença de pronúncia ou impronúncia, se ele vai para o banco dos réus ou não, se ele vai para o júri popular ou não," comentou o advogado de defesa Tasso Marques.
"Ele já ofertou as razões dele, ele já falou o que tinha para falar na audiência de instrução. Nesse momento nós estamos aguardando o que o juiz vai decidir, se ele vai ser pronunciado e irá para júri popular, ou se será impronunciado e sairá do processo," concluiu.
Em entrevista ao Emergência 190, Rocha Lima falou sobre o processo, que ele afirma ter tido falhas e erros.
"Na minha fala foi passado todos os detalhes de como aconteceu a armação no inquérito policial para me incriminar, foi tudo direcionado para a minha pessoa. Ou seja, as camisas da Polícia Militar foram localizadas, camisas velhas de quando eu era capitão. A delegada nem me ouviu pra saber o motivo dessas camisas estarem na casa do Wagner, e já colocou as camisas na televisão," aponta.
"Diante disso, eu fui conversar com a delegada, fui mal atendido e a gente entrou em um contratempo. Ela por vaidade, e orientada por um deputado estadual, direcionou o inquérito para me incriminar. Inclusive, ela printou do celular de um dos acusados conversas sem sentido e colocou no inquérito. E a forma correta não é essa."
No depoimento de Lima, ele apontou também quem seriam os autores do que afirma ser uma armação.
Retorno à Polícia Militar
"Estou diretor administrativo do hospital da PMAL, na verdade eu sou vocacionado na área operacional e estava comandante do 8° batalhão e devido a toda essa situação hoje estou no cargo administrativo."
"Não é meu perfil, porém cumpro a determinação do meu comandante geral, todavia a sociedade reclama nas redes sociais e nas rádios, clamando meu retorno para o comando de um batalhão, pois sempre reduzi a criminalidade onde trabalhei como comandante. Isso é fato, os números na estatística da segurança pública provam tal feito," completou.