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CPI da Covid quer ouvir depoentes fujões e advogada de Bolsonaro após pausa

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Além de Karina Kufa, deverão ser ouvidos sócio oculto do FIB Bank e suposto lobista da Precisa A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid já elencou os depoimentos prioritários para a volta dos trabalhos após o feriado de 7 de setembro. Não haverá oitivas na próxima semana, mas os senadores querem ouvir, entre 14 e 16 de setembro, Marcos Tolentino, suposto sócio oculto do FIB Bank; Marconny Albernaz Faria, suposto lobista da Precisa Medicamentos; e Karina Kufa, advogada do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo apurou o Valor, o objetivo da cúpula da CPI é manter a temperatura alta que a comissão recuperou nos últimos dias, deixando para trás o clima morno que marcou os primeiros depoimentos após o recesso parlamentar.

Os senadores querem retomar os trabalhos com o depoimento de Tolentino em 14 de setembro. Ele foi convocado para esta semana, mas apresentou um atestado para não comparecer. A defesa do suposto sócio oculto do FIB Bank já indicou que ele deve depor na nova data definida pela CPI.

O depoimento de Tolentino é aguardado para contribuir com as apurações do colegiado sobre a atuação de empresas intermediárias em contratos de vacinas contra a covid-19. O FIB Bank, empresa na qual o advogado seria sócio oculto, emitiu uma carta-fiança, que fazia parte do processo de aquisição do imunizante indiano Covaxin.

CPI da Covid

Roque de Sá/Roque de Sá/Agência Senado

Em 15 de setembro, a comissão pretende receber Marconny, que também foi convocado para depor esta semana. Mesmo após o médico indicar o cancelamento do atestado que ele apresentou, o suposto lobista não apareceu.

Com a oitiva, a comissão quer que Marconny esclareça sua atuação nas negociações do contrato bilionário do Ministério da Saúde com a Precisa Medicamentos pela aquisição da vacina Covaxin. Por suspeitas de irregularidades, o contrato foi cancelado. Ele também terá de explicar sobre a participação na venda de testes contra a covid-19 ao poder público. De acordo com investigações do Ministério Público Federal, compartilhadas com a CPI, ele teria enviado mensagens com explicações sobre processo supostamente irregular para a compra de testes.

A postura de Tolentino e de Marconny fez com que os parlamentares passassem a chamá-los de “fujões da CPI”, em função da busca de caminhos para adiar o comparecimento ao colegiado.

Apesar de a defesa de Karina Kufa ter indicado que buscará medidas para que ela não precise comparecer, senadores querem recebê-la em 16 de setembro. O nome da advogada de Bolsonaro entrou no radar da CPI por conta da quebra de sigilo de Marconny.

A CPI da Covid investiga se ela apresentou o suposto lobista da Precisa ao ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) José Ricardo Santana e se ela pode ter tido algum benefício fazendo essa intermediação.

Em mensagens trocadas entre Marconny e Santana, obtidas pela CPI, o ex-secretário da Anvisa demonstra que os dois se conheceram na casa da advogada do presidente. “Foi um prazer te conhecer hoje na casa da Karina. Aliás, ela me passou seu telefone. Obrigado pelo bate-papo agradável. Se eu puder te ajudar em algo, conte comigo. Boa noite”, escreveu Santana.

Além disso, a troca de mensagens indicam que Marconny e Santana discutiram um “passo a passo” para fraudar uma licitação de testes para a covid-19 e beneficiar a Precisa Medicamentos.

Fonte: Valor Invest

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