Recebendo estrangeiros de países vizinhos desde o fim de outubro, a Argentina voltou atrás e proibiu a entrada de turistas brasileiros no país até o dia oito de janeiro. A medida, que tem como objetivo frear o avanço da pandemia da Covid-19 durante as festas de fim de ano, também vale para Uruguai, Chile, Bolívia e Paraguai. Até lá, só poderão entrar no país pessoas previamente autorizadas pela Direção Nacional de Migração; elas precisarão apresentar teste negativo para doença do tipo RT-PCR, realizado 72 horas antes do voo, e cumprir quarentena de sete dias. Além disso, no caso de estrangeiros, também será obrigatória a contratação de um seguro de assistência médica internacional. O professor de relações internacionais da FMU, Manuel Furriela, afirma que a decisão será economicamente ruim para o país. “Isso não faz mais sentido agora. A partir do momento que você já tem dentro de casa, que é o caso da Argentina, uma grande quantidade de infectados, a infecção vinda do exterior não colabora em nada para piorar o problema. Essa medida vai contra a situação econômica. Em termos sanitários, ela só serve para desculpa.”
Preocupado com a nova variante do coronavírus, o governo argentino também já havia suspendido o embarque e desembarque de voos do Reino Unido, onde a mutação foi encontrada pela primeira vez. Outros mais de 50 países, assim como o Brasil, também restringiram os aviões vindos de solo britânico. Até o momento, a nova cepa da Covid-19 – que, segundo especialistas, não é mais grave, mas mais contagiosa – já foi encontrada em locais como Espanha, Suécia, França, Líbano e Japão. Ao mesmo tempo em que países da União Europeia registram casos da mutação, as primeiras vacinas chegaram ao bloco neste fim de semana. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comemorou a chegada das vacinas e ressaltou que são elas que trarão de volta a vida normal. O imunizante produzido pelos laboratórios da Pfizer e BioNtech foi entregue em hospitais de vários países, como França, Espanha e Itália. Assim como em outros lugares do mundo, as primeiras doses serão aplicadas em idosos e profissionais da saúde.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
Jovem Pan