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Montezano reafirma intenção de reduzir carteira de ações do BNDES

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Presidente do banco de fomento ressalta papel de mediador de projetos da instituição O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, refirmou o compromisso da instituição em diminuir, até 2022, as participações acionárias da instituição. Em painel online organizado pelo Instituto Clima e Sociedade (ICS) nesta segunda-feira, o executivo também voltou a dizer que o banco hoje não atua mais somente como agente financiador, mas principalmente como um preparador de projetos atento à pauta ambiental.

“Até o final de 2022, a estratégia [do BNDES] é reduzir a níveis mínimos nossa atuação especulativa no mercado de ações. Especular no mercado de ações é uma atividade nobre, mas não é para um banco de desenvolvimento”. Para Montezano, quando o banco faz operações em bolsa, compra ou vende ações, não gera ganhos concretos de desenvolvimento para o país.

Leo Pinheiro/Valor

Questionado sobre o porquê de o BNDES se desfazer de ações da empresa de celulose Suzano, cuja produção é mais sustentável que a de outras empresas, como a Petrobras – na qual o banco mantém participação -, Montezano disse que, no ano, o desinvestimento em Petrobras é maior que o relativo à Suzano.

“Independentemente disso, o mais importante é ratificar que, para um Banco de desenvolvimento, não faz sentido fazer especulação com ações no mercado de capitais. Quando se faz isso isso, não se gera nenhum ganho de desenvolvimento”, afirmou.

Logo no início de sua fala, o presidente do BNDES afirmou que a agenda econômica do BNDES deve ser conduzida em paralelo às agendas social e ambiental. “É um tripé e, se faltar uma delas, vamos ter dificuldade em caminhar.”

“O BNDES antes era visto como um cofre de dinheiro: quanto mais reais, dólares ou euros eu desembolsasse, melhor eu fazia o meu trabalho. Estamos em transição para um mundo mais sofisticado, mais atento aos impactos ambientais, temos que mudar a visão do banco, sem esquecer seu papel financeiro, é claro. Os bancos de desenvolvimento deixam de ser um provedor principal para se tornarem um catalizador de recursos, angariando parceiros, trazendo o mercado financeiro junto”, disse.

Ao lado dessa atuação associada ao mercado financeiro privado, Montezano destacou a atividade de preparação de projetos, que vem ganhando importância na instituição desde que a assumiu. “A gente sabe os desafios do nosso Brasil, a agenda de saneamento, de resíduos sólidos. Para fazer isso tudo acontecer, o banco tem que capacitar estados e prefeituras, preparando projetos, para que eles possam aproveitar melhor os recursos. A gente entra no que os bancos europeus chamam de assessoria técnica”, afirmou.

Fonte: Valor Invest

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