A Polícia Civil de Alagoas, por meio da equipe do 62º Distrito Policial (62ºDP) de Craíbas, coordenada pelo delegado Guilherme Martim Iusten, concluiu as investigações e remeteu à Justiça, nesta quarta-feira (7), o inquérito policial que apurou a prática do delito de incitação ao crime, praticado via internet, em um grupo no WhatsApp denominado "esconderijo do nego", que tem aproximadamente 100 membros, dos quais a maioria das pessoas reside na zona rural de Craíbas/AL.
Foram indiciados dois jovens, com 20 e 21 anos de idade, um deles chegou de São Paulo recentemente, mas ambos residem na Zona Rural de Craíbas/AL.
A investigação teve início no último sábado (3), a partir do vazamento de mensagens de alguns membros do grupo, os quais divulgaram "prints" de conversas entre os dois indiciados, que combinavam para um dirigir o veículo enquanto o outro atearia fogo em uma autoescola, porém, antes iriam acabar o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) na bala.
De acordo com as informações passadas pelo agente policial do 62ºDP, Paulo César, os indiciados afirmaram, no grupo de WhastsApp, que a polícia não para na Lagoa da Cruz porque a moral lá era deles. E ainda falou que precisaria de um parceiro para dirigir uma moto ou um carro, enquanto ele acabaria com o CISP na bala bonitinho.
O policial civil disse ainda que, os indiciados foram enquadrados no delito que trata da incitação ao crime, visto que as conversas atentatórias contra as forças de Segurança Pública de Alagoas, precisamente em relação ao CISP de Craíbas, sede da Polícia Civil e Militar, também foram amplamente divulgadas por centenas de pessoas, assim como os membros do grupo foram incitados ao crime, pois para configurar o delito em comento é necessário que o incentivo seja feito de forma pública, como no caso em um grupo com cerca de cem pessoas, e direcionado a pessoas indeterminadas, neste caso, policiais civis e militares de Alagoas, pois os indiciados afirmam em acabar o CISP - referindo-se a desferir tiros contra a mencionada instituição policial.
O delegado Guilherme Martim Iuste explica que é considerado crime fazer, em público, como em redes sociais, neste caso em grupos de WhatsApp onde há dezenas e até centenas de pessoas, propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem social, bem como incitar, publicamente, a prática de crime, tendo como vítimas o Estado e a Paz Pública.
A autoridade policial destacou também o trabalho integrado das Polícias Civil e Militar do CISP de Craíbas na identificação e localização dos autores do crime, com total apoio do delegado Mário Jorge Barros, gerente de Polícia Judiciária da Região 3, do delegado-geral Carlos Alberto Reis e do secretário de Segurança Pública, Alfredo Gaspar de Mendonça.
