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Jornal da Manhã

"Questões ideológicas não levam a lugar nenhum", diz ministro da Educação sobre o Enem

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Apesar dos altos números de casos e mortes por Covid-19 no Brasil, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, descartou nesta quarta-feira, 30, a possibilidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, que será realizado nos dias 21 e 28 de novembro, ser feito de forma virtual.”Nós ainda não temos ferramentas totalmente confiáveis para termos a certeza de que poderíamos fazer uma prova online com todas as garantias de igualdade para todos em termos de probidade, seriedade na aplicação de exame”, explicou o ministro, que afirmou que, em 2021, o formato do exame segue o mesmo, com provas escritas e digitais sendo aplicadas simultaneamente. “A prova digital é um piloto que foi aplicado pela primeira em janeiro deste ano. Nós ainda estamos tentando verificar a possibilidade da aplicação de uma prova digital, porque isso economizaria em todos os pontos, como impressão, papel e logística”, disse Ribeiro em entrevista ao Jornal da Manhã. “Em um primeiro momento, nós não estamos pensando em outras modalidades ou outros tipos de aplicação, O nosso foco agora é vencer essa questão da pandemia e oferecer o que naturalmente é o exame do Enem”, completou. As inscrições para o Enem 2021 começaram nesta quarta-feira e vão até o dia 14 de julho.

Sobre o conteúdo do prova, o ministro optou por não acesso antecipado ao exame. “Na verdade, a rigor, o ministro de Estado, que é aquele que nomeia as comissões e indica o presidente do Inep, ele teria condições de ter acesso [ao conteúdo da prova]. Mas, conversando com o meu grupo e com a minha assessoria, achamos melhor, por uma questão até de evitar discussões maiores e periféricas que tirem do centro da discussão aquilo que é mais importante, não ter acesso à prova. Não é que eu não possa ter, eu abri mão. Eu não quero ter acesso”, reiterou o ministro. Ribeiro, no entanto, afirmou que orienta a sua equipe a fugir de questões opinativas, subjetivas ou ideológicas. “As provas serão eminentemente técnicas, porque, para que a gente avalie alguém, a pessoa tem que conhecer aquilo que a gente julga ser a base necessária para ela seguir no ensino superior”, explicou. “Esse tem sido meu pedido, minha orientação àqueles que estão formulando a prova [que não incluam perguntas de ordem mais subjetivas, opinativas ou até mais ideológicas]. É um pedido que o ministro faz, porque isso não leva a lugar nenhum. Isso não mede. Ninguém vai ser mais preparado para fazer um curso superior se ele souber algumas questões que nós vimos em provas anteriores”, concluiu.

Volta às aulas presenciais

O ministro Milton Ribeiro disse que, apesar da equipe do Ministério da Educação se preocupar com a segurança da volta às aulas neste momento da pandemia, o Brasil está ficando para trás na área da educação pelo atraso na retomada das atividades presenciais. “Nós do MEC somos pessoas comuns. Temos filhos, sobrinhos, netos e ninguém quer uma volta às aulas de qualquer forma. Não é isso que a gente quer. No entanto, há que se frisar alguns detalhes. O Brasil, se não o último, é um dos últimos países a ter esse retorno às aulas presenciais. Eu acabei de chegar da Itália de um encontro de ministros da Educação do G20 e a conversa lá é simplesmente essa: retorno às aulas com todos os cuidados e protocolos. Eu não sei porque o Brasil , sobretudo pela descentralização da gestão que acontece nas redes municipais e estaduais, tem dificultado a nossa ação. Se dependesse do MEC, nós voltaríamos”, afirmou. “Tanto é verdade, que eu fui o primeiro ministro que solicitei, já em 2020, a vacinação dos profissionais da educação para que a gente pudesse voltar.” Sobre as medidas para conter os danos que a pandemia gerou para todos os estudantes do Brasil, o ministro afirmou que a pasta pretende avaliar todas as redes ainda no mês de julho. “O governo do presidente Jair Bolsonaro não despeja dinheiro em todo lugar. O dinheiro dos impostos é levado muito a sério. Não é só mandar dinheiro para ponta. Nós temos que ter uma avaliação para ter um diagnóstico de como nós estamos, quais são as áreas que eventualmente nós precisamos investir mais. Vocês verão que nós não vamos perder tempo. Nós vamos agir de acordo com a necessidade de cada região e de cada grau de instrução”, assegurou Ribeiro.

Fonte: Jovem Pan

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