Deputado Luis Miranda envolveu o líder do governo, Ricardo Barros, e Jair Bolsonaro num suposto esquema para a compra da vacina indiana Covaxin O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), protocolou nesta segunda-feira um requerimento no qual pede a prorrogação, por mais 90 dias, dos trabalhos na comissão de inquérito. O movimento ocorree após o depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF), que envolveu o líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), e o próprio presidente Jair Bolsonaro num suposto esquema para a compra da vacina indiana Covaxin."A CPI da Covid, inicialmente instalada com o intuito de apurar as ações e omissões do governo na pandemia, além de identificar os culpados por essa tragédia que já nos custou mais de 510 mil mortes, nos levou ao que pode ser um dos maiores casos de corrupção da história do Brasil", escreveu Randolfe em suas redes sociais. "Por isso, tendo em vista a necessidade, o elevado número de documentos e provas recebidas, apresentamos o requerimento pedindo a prorrogação da CPI por mais 90 dias. A prorrogação torna-se automática a partir de 27 assinaturas", complementou.Por enquanto, a CPI tem até o fim de julho para investigar possíveis irregularidades cometidas pelo governo durante a pandemia, mas, se os trabalhos forem prorrogados, o colegiado poderá estender suas atividades até o fim de outubro. A ofensiva contraria os interesses do governo, que trabalha nos bastidores para impedir a continuidade da CPI por mais três meses.Os senadores já admitiam há algumas semanas, em caráter reservado, que era preciso encontrar um "fato novo" que justificasse a ampliação do prazo de apuração. Agora a ideia é se aproveitar da repercussão em torno do caso Covaxin para garantir mais tempo de vida para a comissão. Reprodução/TV Senado
Fonte: Valor Invest
