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Dólar oscila perto da estabilidade com sinalizações de Fed e Copom no foco

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Rumo dos juros nos EUA e no Brasil merece avaliação dos agentes financeiros nesta jornada O dólar abriu a sessão desta quinta-feira alternando leves baixas e altas, enquanto os juros futuros avançam, em reação às sinalizações do Federal Reserve (Fed, banco central americano) e do Banco Central (BC).

Pouco antes das 10 horas, o dólar comercial subia 0,13%, saindo a R$ 5,0657. Enquanto isso, as taxas dos contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 subiam de 5,43% no ajuste de ontem para 5,525% e as taxas do DI para janeiro de 2023 escalavam de 7,01% para 7,115%. Enquanto isso, os juros do DI para janeiro de 2025 avançavam de 7,99% para 8,05% e os do DI para janeiro de 2027 subiam de 8,43% para 8,44%.

No mercado de câmbio, por ora, os sinais mais duros do Fed, que mostrou nas suas atualizações de projeções para a economia americana que seus integrantes anteciparam uma possível alta de juros para 2023, vão se sobrepondo à linguagem mais agressiva do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC — que, em tese, deveria dar apoio a uma depreciação do dólar para um patamar mais perto de R$ 5, pela perspectiva de aumento de diferencial de juros com o exterior.

Na esteira do Fed, então, a divisa americana registra alta firme no exterior em relação a rivais fortes, como euro, libra e iene, conforme mostrado pelo ICE Dollar Index (DXY), que sobe 0,69%, para 91,76 pontos, no maior nível desde abril.

“O Fed foi mais "hawkish" [inclinação à retirada de estímulos monetários] do que o previsto e a sua mais recente reunião provavelmente marcou o primeiro passo de uma tirada de pé do acelerador”, diz o Danske Bank, citando a perspectiva de uma alta de juros mais cedo do que o esperado e a continuidade dos debates internos do banco central americano a respeito da redução de estímulos monetários (“tapering”).

Com isso, o banco dinamarquês espera agora que a autoridade monetária americana inicie uma discussão acerca do início da retirada de estímulos a partir do quarto trimestre de 2021 — antes, a expectativa do Danske era que isso ocorresse apenas no primeiro trimestre do ano que vem.

No mercado de juros, as taxas de curto prazo mostram avanços firmes na primeira meia hora de negócios, depois de o Copom ter abandonado em seu comunicado ontem a expressão “ajuste parcial” e passar a falar em normalização completa do juro para o patamar neutro — nível de taxa que não acelera nem freia a inflação.

O comitê, que elevou a Selic em 0,75 ponto percentual, para 4,25% ao ano, já sinalizou no mínimo uma elevação de mesma magnitude para a reunião de agosto e também alterou o seu diagnóstico acerca do comportamento da inflação. Não mais a avaliando como decorrente de choques temporários, aponta que a sua persistência “revela-se maior do que o esperado, sobretudo entre os bens industriais”.

O Goldman Sachs, que tem como cenário-base aumento de 0,75 ponto da Selic na próxima reunião (com probabilidade de 33% de um aumento 1 ponto), enxerga uma “elevação constante e relativamente rápida em direção à neutralidade da política monetária, com risco crescente de um aperto de 7% na Selic em 2022”.

“O Copom está atento aos dados e à evolução desfavorável do balanço de riscos para a inflação: como tal, tornou-se visivelmente mais "hawkish". Com a mudança na sua orientação, o Copom chegou perto do momento de dizer que "fará o que for necessário"” para ancorar a inflação de 2022 na meta para o ano, de 3,5%, diz o banco americano.

Fonte: Valor Invest

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