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Rússia decreta emergência após roubo de avião destinado a conflito nuclear


A polícia russa e o Kremlin anunciaram nesta quarta-feira, 9, que estão investigando o roubo de componentes de um avião destinado a servir como posto de comando durante um possível conflito nuclear. O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, descreveu o incidente como uma “situação de emergência” e pediu medidas “para que algo assim não aconteça novamente”. Segundo as autoridades, “mais de um milhão de rublos” (aproximadamente R$ 70 mil) de material desapareceram do avião Ilyushin Il-80 que estava localizado em um campo de aviação em Taganrog, no sudoeste do país. A Rússia não deu mais detalhes sobre a natureza do equipamento roubado. A agência de notícias Interfax, citando uma fonte anônima, já havia anunciado o desaparecimento de equipamentos de rádio do aparelho.

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O assalto, que levanta questões quanto à segurança de instalações militares sensíveis na Rússia, aconteceu durante os trabalhos de manutenção do Ilyushin Il-80, que eram feitos desde o início de 2019. Projetado na década de 80, durante a era soviética, o Il-80 foi desenvolvido para servir como posto de comando aéreo dos altos funcionários do país, incluindo o presidente, em caso de guerra nuclear. Eles são chamados de “aviões do juízo final”, porque supostamente podem suportar uma onda de choque atômica. De acordo com vários meios de comunicação, a Rússia tem quatro desses dispositivos.

A polícia da região de Rostov, no sul da Rússia, disse em comunicado que as buscas pelos responsáveis do roubo estão em curso. Até o momento, ainda não foram feitas quaisquer detenções, mas 12 pessoas já foram interrogadas. Especialistas militares russos especularam que os itens foram roubados porque algumas das unidades foram montadas com metais preciosos, como ouro e platina. O incidente acontece após o presidente Vladimir Putin investir vastos recursos para reformar as forças armadas russas em meio às tensões com o Ocidente, que atingiram seu nível mais alto desde o fim da Guerra Fria.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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