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Rosa Weber analisa pedido para suspender emendas do "orçamento secreto"


Emendas do chamado "orçamento secreto", que somam cerca de R$ 18,5 bilhões na Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai decidir sobre o pedido de liminar feito pelo Cidadania para que a Corte suspenda a execução das emendas do chamado "orçamento secreto", que somam cerca de R$ 18,5 bilhões na Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano.

Ela foi sorteada a relatora da ação ajuizada no domingo à noite pelo partido, segundo o qual as emendas propostas pelo relator-geral da LOA, senador Marcio Bittar (MDB-AC), e sancionadas em parte pelo presidente Jair Bolsonaro, não atendem a critérios objetivos, favorecendo aliados do governo e violando o princípio da impessoalidade.

Isso porque, segundo o Cidadania, a indicação direta de beneficiários por parte de parlamentares ou quaisquer outros agentes públicos, sem que sejam esclarecidos quais os objetivos legítimos da destinação de recursos às políticas públicas, é ilegal.

De acordo com o partido, o Legislativo e o Executivo têm obrigação não só de definir os beneficiários das emendas, mas de "buscar e demonstrar que aquelas alocações são organizadas segundo critérios plausíveis de atendimento do interesse público".

"Tais critérios são sujeitos ao debate político e podem ter inúmeras configurações – não podem, no entanto, simplesmente inexistir ou ser substituídos pela cômoda terceirização do poder decisório a agentes que teriam a 'prerrogativa de escolher' os beneficiários", diz a petição.

As RP-9 estão na base da denúncia publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” sobre a existência de um "orçamento secreto". As emendas são incluídas na LOA pelo relator e, posteriormente, os parlamentares indicam aos ministérios para onde as verbas serão encaminhadas.

A oposição também questiona as emendas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo o líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), o presidente Jair Bolsonaro criou o orçamento paralelo para comprar aliados no Congresso, "via toma lá dá cá".

O texto aprovado no Congresso previa um corte bilionário em despesas obrigatórias (benefícios previdenciários, abonos salariais e seguro-desemprego) para abastecer R$ 29 bilhões em emendas, destinadas principalmente ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

Segundo mostrou reportagem do Valor, mesmo que Bolsonaro tenha sancionado a lei com vetos a parte dos dispositivos, as emendas de relator (RP-9) movimentam R$ 18,5 bilhões no Orçamento deste ano.

Rosa Weber

Nelson Jr./SCO/STF - 9/9/2020

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