A agência reguladora dos Estados Unidos deve autorizar nos próximos dias o uso emergencial da vacina desenvolvida pela Pfizer. Nesta terça-feira, 8, a FDA, equivalente à Anvisa no Brasil, confirmou que o imunizante é seguro e tem eficácia de 95%. Segundo relatório, a vacina tem um perfil de segurança favorável, sem problemas específicos que impeçam a autorização. No Brasil, o governo federal negocia com a farmacêutica a compra de 70 milhões de doses. O presidente da Pfizer Brasil, Carlos Murillo, destacou que, caso a Anvisa aprove o uso emergencial, a vacinação pode começar em janeiro. Em audiência pública na Câmara, ele disse que o desafio é avançar de forma acelerada sem comprometer os mais altos níveis de segurança. “O contrato final seria assinado somente posterior autorização da Anvisa, como ordena o marco jurídico nacional.”
Com a vacina da Pfizer, dois milhões de brasileiros podem ser imunizados já no primeiro trimestre de 2021. São necessárias duas doses para cada pessoa. Em pronunciamento, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse o Brasil tem 300 milhões de doses de vacinas garantidas. “Ressalto que todos no Brasil terão acesso à vacina, todosque desejarem. Nós oferecemos a vacina e vacinaremos aqueles que desejarem”, diz. Pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro garantiu que o Brasil disponibilizará vacinas de forma gratuita após registro na Anvisa. Segundo ele, a ideia é proteger a população respeitando a liberdade, e não usar a vacina para fins políticos, colocando a saúde em risco por conta de projetos pessoais de poder.
Uma das apostas do governo é a da Universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca e a Fiocruz. Nesta terça-feira, 8, a revista científica Lancet publicou os dados preliminares da última fase de testes. Segundo a publicação, a vacina é segura e tem uma eficácia média de 70%. O presidente Donald Trump anunciou um decreto para garantir que os Estados Unidos tenham prioridade para receber vacinas. Não está claro, no entanto, como isso seria feito na prática, uma vez que os fabricantes já assinaram acordos com outros países.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
Jovem Pan