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Inquérito apura envolvimento do prefeito de SP com lavagem de dinheiro

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Investigação foi aberta em 28 de dezembro na 2ª Vara de Crimes Tributários do Tribunal de Justiça de São Paulo, a partir da identificação pelo Coaf de movimentações atípicas A investigação que apura suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tramita no Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo) do fórum da Barra Funda, em São Paulo.

Leia também: Ricardo Nunes dá largada como prefeito 'pé na rua'

O prefeito, que é ex-vereador da capital paulista, é alvo de investigação da Polícia Civil que apura suposto desvio de dinheiro dos cofres municipais no período em que Nunes foi parlamentar. O caso foi revelado hoje pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

O inquérito policial em que Nunes figura como investigado foi instaurado no dia 28 de dezembro do ano passado. A investigação está sob tutela da 2ª Vara de Crimes Tributários. O político tem foro no Tribunal de Justiça (TJ-SP) por ser prefeito, mas os fatos apurados são da época em que ele era vereador.

O inquérito foi aberto depois que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), unidade de prevenção à lavagem de dinheiro do governo federal, encontrou movimentações de valores de entidades comandadas por ex-funcionários do prefeito que foram consideradas atípicas — sem origem. Esses funcionários eram responsáveis pela gestão de algumas das creches da cidade de São Paulo. No entanto, segundo o Coaf, parte do dinheiro foi transferido para contas dos próprios gestores, depois de ter transitado por contas de empresas. A Polícia Civil apura se essas empresas são firmas de fachada.

Uma das empresas que estão na mira dos investigadores é a organização social Associação de Moradores Jacinto da Paz, que é paga pela prefeitura para administrar creches na zona Sul de São Paulo. Em menos de um ano, entre 2019 e 2020, a Jacinto da Paz recebeu R$ 20,6 milhões da prefeitura para administrar 5 creches de Santo Amaro — a região é reduto eleitoral de Nunes.

Após receber o dinheiro dos cofres públicos, conforme o levantamento do Coaf, a associação fez pagamentos a duas empresas, totalizando R$ 1,5 milhão. As empresas são a WMR Construções, que recebeu R$ 831,1 mil em 103 operações bancárias, e a Águia Distribuidora, que foi destinatária de R$ 721,9 mil pagos em 120 transações financeiras.

O relatório do Coaf chama a atenção para o fato de os pagamentos terem sido fracionados, o que pode indicar um padrão dissimular a origem dos valores.

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) já se manifestou nos autos favoravelmente à continuidade da investigação, que ainda está em fase inicial.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que: "O prefeito Ricardo Nunes sempre esteve, está e estará à disposição dos órgãos diligentes para os esclarecimentos que forem necessários sobre quaisquer assuntos."

O MP-SP e a Polícia Civil informaram que não podem se pronunciar sobre procedimentos que tramitam em segredo de Justiça.

Fonte: Valor Invest

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