Nesta segunda-feira, 7, a Rússia afirmou que “não foram identificadas graves violações” durante as eleições parlamentares da Venezuela, realizadas no dia anterior. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os observadores eleitorais russos reportaram que houve grande esforço por parte das autoridades venezuelanas em organizar um pleito nos “mais altos padrões de transparência, democracia, segurança sanitária e epidemiológica”. O país europeu concluiu dizendo que espera que a nova Assembleia Nacional seja “uma plataforma representativa para um diálogo construtivo de todas as forças políticas para superar as diferenças existentes na sociedade venezuelana”.
Pelo menos 18 países, incluindo o Brasil, os Estados Unidos e o Reino Unido, levantaram questionamentos sobre a legitimidade da votação, não reconhecendo o seu resultado. Em resposta à isso, a porta-voz russa Maria Zakharova acusou essas nações de terem se recusado a enviar observadores eleitorais para a Venezuela, acrescentando que o não reconhecimento dos resultados indica que esses países são incapazes de aceitar a realidade e “respeitar a vontade de milhões de cidadãos venezuelanos”. O presidente Nicolás Maduro é um tradicional aliado do governo russo.
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As eleições parlamentares realizadas neste domingo, 6, na Venezuela, foram marcadas pela alta abstenção de votos e representaram a vitória de uma maioria de candidatos favoráveis ao presidente, que dessa forma passará a controlar a Assembleia Nacional. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), entidade que os opositores acusam de alegada parcialidade com o governo de Maduro, anunciou na madrugada desta segunda-feira, 7, que o chavismo obteve 67,6% dos votos expressos — cerca de 3.558.320.
*Com informações da EFE
Jovem Pan