O maior oleoduto dos Estados Unidos foi alvo de um ataque cibernético na noite de sexta-feira, 7, quando um grupo de hackers desconectou a rede e roubou mais de 100 GB de informações da empresa Colonial. As operações do oleoduto tiveram que ser interrompidas, paralisando portanto o transporte diário de 2,5 milhões de barris de óleo por dia, o equivalente a 45% do abastecimento de diesel, gasolina e querosene da Costa Leste do país. No domingo, 9, o governo norte-americano decretou um estado de emergência em 17 regiões dos Estados Unidos com o objetivo principal de facilitar o transporte de combustível por meios rodoviários enquanto o serviço da Colonial não é restaurado. O jornal local Financial Times afirma que, ainda assim, os preços da gasolina subiram 4% no domingo, 9, e depois mais 1,5% na manhã desta segunda-feira, 10. Além disso, a demanda por combustível na Costa Leste aumentou cerca de 4% no sábado, 8, um reflexo do medo dos consumidores de uma interrupção prolongada do oleoduto. O veículo especializado em economia analisa que a paralisação pode desencadear um aumento nas importações de petróleo, expondo assim a vulnerabilidade energética dos Estados Unidos.
O ataque cibernético ao oleoduto Colonial consistiu em uma ação comumente chamada de “ransomware”, que é quando hackers “sequestram” os sistemas de computadores ou os dados da vítima instalando um software ilícito e só liberam esses ativos após receberem um pagamento pelo “resgate”. “Estamos em processo de restauração do serviço para outras laterais e colocaremos nosso sistema de volta online apenas quando acreditarmos que é seguro fazê-lo e em total conformidade com a aprovação de todas as regulamentações federais”, afirmou a empresa. Grandes oleodutos são cada vez mais dependentes da automação para monitorar as entregas dos produtos, o que torna eventuais ataques hackers ainda mais problemáticos.
Fonte: Jovem Pan