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Emprego tem "despiorada" em abril, mas depende de vacinação, diz FGV

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Para economista, em 2021, mesmo com a retomada de medidas mais duras de restrição de mobilidade, a perspectiva não é tão ruim como no ano passado A alta de 1,6 ponto do Indicador Antecedente e Emprego (IAEmp), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), pode ser considerado uma “despiorada” depois de três quedas seguidas. A afirmação é de Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, para quem o mercado pode ter percebido, no mês passado, que o recuo no primeiro trimestre pode ter sido exagerado “e agora se começa a perceber que o cenário não era tão ruim assim”.

Tobler explica que em 2021, mesmo com a retomada de medidas mais duras de restrição de mobilidade, a perspectiva não é tão ruim como no ano passado. Em 2020 se sabia muito pouco sobre o comportamento do vírus e sobre os efeitos do lockdown sobre a economia, além de não haver no horizonte a possibilidade de uma solução via vacinação.

“Talvez esse momento tão negativo, exista alguma saída, o que não tinha no ano passado”, diz Tobler, citando o avanço da vacinação no país. “O resultado [do IAEmp em abril] é um pouco isso, uma compensação [depois das seguidas quedas]”, acrescenta.

A questão atual, segundo ele, é se essa recuperação do IAEmp vai continuar. Ele ressalta que os 78,7 pontos registrados pelo índice em abril representam um “patamar baixo” e ainda distante dos 92 pontos de fevereiro de 2020, resultado imediatamente anterior à pandemia.

E o economista acrescenta que mesmo esse patamar de fevereiro de 2020 não pode ser considerado um nível positivo. “O mercado de trabalho não estava no seu melhor momento quando a pandemia chegou. O mercado ainda estava fragilizado pela recessão de 2014 e 2016”, afirma.

Ele lembra que a série do IAEmp ainda é relativamente curta, iniciada em 2008, ano em que o mercado de trabalho foi afetado pela crise financeira internacional iniciada com a quebra do Lehman Brothers. O recorde positivo da série ocorreu em fevereiro de 2018, com 109,6 pontos, indicando à época uma perspectiva de recuperação que não se confirmou. Em termos de pior resultado, o recorde de baixa foi em abril de 2020, no auge da primeira onda da pandemia, com 39,7 pontos.

Para Tobler, no momento atual, o que pode garantir a recuperação constante do índice é o avanço da pandemia. Ele lembra que países como os Estados Unidos já mostram recuperação de atividades antes restritas devido ao alto índice de população imunizada contra a covid-19.

“A vacinação precisa avançar para garantir que a expectativa com relação ao mercado de trabalho não retroceda. De maneira geral, quando tem incerteza é natural que o mercado de trabalho não reaja”, frisa Tobler.

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Fonte: Valor Invest

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