A hipersensibilidade dentinária, também conhecida como sensibilidade dentária, corresponde a uma condição que afeta mais de 57 % da população, sendo mais comum em mulheres jovens. É definida como uma sensibilidade exagerada da dentina, quando exposta a estímulos térmicos, químicos e táteis e caracteriza-se por uma dor aguda, de intensidade variável, que desaparece após a remoção do estímulo causador.
De acordo com a professora de Odontologia da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Maceió, Laís Espíndola, diversos fatores estão relacionados com o surgimento desse tipo de lesão. "Mais associadas ao problema estão as lesões na região cervical não-cariosa, que fica próximo a gengiva, causadas por erosão, atrição, abrasão, as quais ocorre uma perda de esmalte dentário, que funciona como uma capa protetora, que à medida que vai se perdendo, deixa de ser uma estrutura impermeável e com isso a dentina, que é uma estrutura mais interna, começa a se expor", afirma.
Segundo a docente, a dentina é um tecido repleto de terminações nervosas, que em contato com estímulos térmicos, como em altas e baixas temperaturas, refletem com dor. "Também pode ocorrer em caso de recessões gengivais, em decorrência de um processo inflamatório pela presença de placa bacteriana ou, até mesmo, pelo uso excessivo de força ao escovar os dentes, causando as famosas retrações ou recessões gengivais", explica Laís.
A profissional salienta que um diagnóstico preciso, feito por meio de uma anamnese e exame clínico detalhado se faz necessário, visto que outras situações clínicas também podem resultar nos mesmos sintomas que a sensibilidade dentinária, como ocorre em fraturas coronárias, restaurações defeituosas, trauma oclusal e patologias pulpares.
"Diversos tratamentos podem ser realizados para esse tipo de lesão e a terapia propriamente dita está relacionada com a severidade da sensibilidade. Tratamentos no consultório odontológico com o uso de vernizes, compostos fluoretados, restaurações na área de perda do esmalte dentário, cirurgias periodontais de recobrimento radicular em decorrência das recessões gengivais e, em casos severos, até tratamento de canal pode ser realizado. O uso de enxaguatórios orais com compostos fluoretados e creme dentais com substâncias dessensibilizantes também auxiliam no tratamento da sensibilidade", orienta Laís Espíndola.
Prevenção
"A prevenção da sensibilidade dentária pode ser feita realizando consultas odontológicas preventivas a cada 6 meses, bem como uma dieta adequada, evitando o consumo de alimentos e bebidas ácidas, como vinho, refrigerantes e frutas cítricas, além de hábitos de escovação, com controle da força excessiva ao escovar os dentes e uso de cerdas macias, que podem contribuir para a melhoria desse tipo de lesão", recomenda a cirurgiã-dentista.
Atendimento gratuito
A Clínica-Escola de Odontologia da UNINASSAU Maceió, localizada na Rua Teófilo de Barros, número 68, bairro Pinheiro, disponibiliza para a população atendimento odontológico gratuito, em diversas áreas que englobam a saúde bucal. Os atendimentos, realizados por alunos da Instituição que estão matriculados em disciplinas de estágio, acontecem com supervisão de profissionais.
A clínica conta com estrutura nova e equipamentos modernos disponíveis para os maceioenses, e o horário de funcionamento é das 07h às 11, das 13h às 17h e das 18h às 21h, de segunda a sexta-feira.