O delegado Nivaldo Aleixo, plantonista da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), informou à imprensa que o agente socioeducativo Rodrigo Ferreira Gustavo da Silva, morto após trocar tiros com policiais civis na Praça dos Martírios, centro de Maceió, estava fugindo da polícia após ser acusado de estuprar e espancar a ex-esposa.
Conforme explicou Aleixo, a ex-mulher da vítima era constantemente agredida e sofria abusos sexuais frequentes do marido; inclusive, já tinha uma medida protetiva contra ele, que o obrigava a não se aproximar da vítima.
"A mulher foi para a casa do irmão hoje, temendo pela sua vida. E, diante da medida protetiva, ele passou a ameaçar de morte a ex e a família dela. Rodrigo não se deu por satisfeito e foi até a casa do cunhado, mas esse não abriu a porta e acionou o 190. O acusado, então, pegou a mãe e os filhos e tentou fugir da polícia, que já estava no seu encalço. Hoje, pela manhã, ele foi abordado na praça", relatou o delegado.
Nivaldo acrescentou que, durante a abordagem dos policiais da Oplit, ele informou que estava sozinho no carro, que tem fumê. Quando abriu a janela, já efetuou os disparos, sendo que o primeiro atingiu o peito da policial civil. A equipe, por sua vez, reagiu, e os disparos atingiram o agente socioeducativo, a mãe dele e uma das crianças.
"Esse rapaz estava afastado das funções como agente socioeducativo. Agora, vamos proceder com a perícia na arma apreendida e colher os depoimentos dos agentes envolvidos e da família, dando continuidade ao inquérito policial", informou o delegado.
O CASO
Um agente socioeducativo foi baleado e morreu após trocar tiros com agentes da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit), na manhã deste sábado (11), na Praça dos Martírios, centro de Maceió. Uma policial civil, um dos filhos dele e a mãe do agente também foram baleados no tiroteio.
De acordo com informações da polícia, acionada por um denunciante que passava pelo local e estava bastante apreensivo, uma viatura da Oplit foi atingida por disparos efetuados pelo agente socioeducativo.
Após os disparos, a equipe reagiu à investida e o agente, identificado como Rodrigo Gustavo Ferreira da Silva, foi baleado e morreu dentro de um veículo HB20, branco e de placa SAE-5H42. No tiroteio, por sua vez, uma policial da Oplit acabou atingida no colete à prova de balas.
Além dela, uma mulher (mãe do agente) e uma criança (filho dele) foram baleadas. No carro, ainda estava outro filho, que não foi atingido.