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MDB oficializa indicação de Eduardo Braga e Renan Calheiros para CPI da Pandemia

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A validação da escolha derruba as ofensivas do governo que, nos bastidores, ainda tentava evitar que Calheiros fosse alçado à condição de membro do colegiado A bancada do MDB no Senado oficializou, nesta quarta-feira (14), a indicação dos senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM) para a composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. O ofício é assinado pelo próprio Braga, líder do partido na Casa, e traz o nome do senador Jader Barbalho (MDB-PA) como suplente da legenda.

A validação da escolha derruba as ofensivas do governo que, nos bastidores, ainda tentava evitar que Calheiros fosse alçado à condição de membro do colegiado. Braga e Renan, por sua vez, estão em forte articulação para conseguirem a relatoria da CPI. Segundo fontes, o alagoano já teria costurado apoio entre alguns dos principais integrantes.

Leia mais: MDB mira relatoria da CPI, que poderia ficar com Renan Calheiros

Mais cedo, Braga se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Na conversa, ele defendeu que Calheiros tem de assumir a cadeira de relator por pertencer à maior bancada. O Valor apurou que Braga também conversou sobre o assunto com outros integrantes do colegiado e teria conseguido o apoio de alguns deles. Além disso, uma fonte do MDB afirmou, mais cedo, que nomes do governo chegaram a sondar o restante da bancada do partido, como forma de tentar angariar apoio contra a escolha de Calheiros. Isso porque o Palácio do Planalto queria que, no lugar dele, fossem indicados nomes como o do senador Márcio Bittar (MDB-AC) ou de Eduardo Gomes (MDB-TO), que é líder do governo no Congresso.

A possível escolha de Renan Calheiros para relator abre espaço para que outro partido assuma a presidência da CPI. Neste caso, o PSD pode reinvindicar a cadeira por ser a segunda maior legenda do Senado. O senador Omar Aziz (PSD-AM) seria um dos interessados em comandar os trabalhos. Ele é parlamentar do Amazonas, Estado que sofreu um colapso durante o mês de janeiro, quando diversas pessoas morreram sufocadas por falta de oxigênio nos hospitais. Quem corre por fora nessa disputa é o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), responsável pelo requerimento que deu origem à CPI.

Chegou-se a cogitar também o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) para o posto de presidente, mas interlocutores disseram ao Valor que ele não tem intenção de ficar com essa tarefa. O tucano só tomou uma das doses da vacina contra a covid-19 e, por isso, não quer se submeter a riscos. Como presidente da CPI, Tasso teria que estar pessoalmente em Brasília toda semana, um compromisso que ele ainda não quer assumir devido à segunda onda de contaminações. Desde o início da pandemia, o senador do Ceará tem atuado pelo sistema remoto de votação.

Ao todo, a CPI terá 11 membros titulares. Nessa composição, o presidente Jair Bolsonaro deve ter uma base minoritária e, por isso, a briga pela presidência do colegiado se tornou fundamental para a segurança do Executivo. Serão quatro governistas contra sete senadores independentes ou de oposição. Os senadores alinhados com o Palácio do Planalto são provenientes do PP, DEM, PL e Podemos. Já a ala contrária tem dois do MDB, dois do PSD e um de PSDB, PT e Rede Sustentabilidade.

Fonte: Valor Invest

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