A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) investiga se há participação de algum funcionário público no esquema de cadastro ilegal que prometia vantagens para receber moradias populares em Maceió. O delegado Sidney Tenório, que atua no caso, explicou também que os criminosos podem ser responsabilizados por crimes como estelionato e organização criminosa.
"É importante que a gente diga para as pessoas também que procurem a delegacia e registrem um Boletim de Ocorrência. A Prefeitura já nos procurou, já nos comunicou sobre o fato, e tudo será apurado pela Polícia Civil", destacou o delegado.
Sobre a possível participação de servidor público, o delegado informou que tudo a respeito da investigação ainda é muito novo, mas que será analisado com cuidado. "Se houve venda, aí configuraria o crime de corrupção ativa", afirmou.
O CRIME
Cerca de 500 pessoas foram vítimas de um golpe em Maceió, que oferecia a promessa de contemplação com unidades habitacionais populares. As vítimas pagaram valores entre R$ 400,00 e R$ 1.500,00. O golpe foi descoberto quando o grupo compareceu, no último sábado (21), ao sorteio de unidades do Parque da Lagoa, no Vergel do Lago.
Representantes do grupo que caiu no golpe procuraram a Secretaria de Desenvolvimento Habitacional de Maceió na manhã desta segunda-feira (23) e foram orientados a buscar a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência. Eles teriam pago valores para uma suposta inscrição.
A Prefeitura de Maceió alerta que não existem intermediários para a realização de cadastros habitacionais e que não é necessário pagar para se inscrever nos programas do Município.
"O cadastro habitacional é feito exclusivamente na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Habitacional. Qualquer pessoa que diga estar realizando cadastros ou cobrando valores está aplicando um golpe", enfatizou o secretário municipal de Desenvolvimento Habitacional, Lucas Calado.