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Shoppings ficaram fechados neste ano a metade do tempo de 2020

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As estimativas com base em dados das empresas de shoppings é que tenha ocorrido a demissão de 25 mil empregados Em cerca de quatro meses, os shopping centers em São Paulo ficaram fechados pela metade do tempo que permaneceram sem operar em todo o ano de 2020, segundo cálculos da Abrasce, a associação do setor.

Em 2020, foram 85 dias fechados, sendo que até o fim deste mês o número deve chegar a 42 dias neste ano — até hoje, são 35 dias fechados.

Em relação ao tempo que funcionaram com restrições no período de operação, no ano passado foram 203 dias nessas condições, versus 61 dias neste ano no Estado de São Paulo.

Ainda segundo a entidade, as estimativas com base em dados das empresas de shoppings é que tenha ocorrido a demissão de 25 mil empregados dos empreendimentos e dos lojistas que trabalham nos shoppings no Brasil. O setor emprega cerca de 1 milhão de pessoas. Esse número não considera lojas pequenas, que a entidade não inclui nas estimativas.

A Alshop, que faz projeções sobre desligamentos de lojistas de diferentes portes, estima que no total, as demissões possam atingir 60 mil pessoas, dentro do total de cerca de 1 milhão.

Nos últimos dias, a Abrasce esteve em contato com representantes do governo paulista para buscar um acordo para a reabertura dos empreendimentos nas próximas semanas, caso avance a mudança de fase vermelha para laranja, do Plano São Paulo, voltado para definição de protocolos e restrições de operação.

“A nossa expectativa é que, indo para a fase laranja no dia 23, que é uma data possível, os shoppings possam estar nesse grupo. Ou então que façamos um rodízio nas atividades. A indústria da construção funciona duas semanas, as igrejas, por duas semanas e os shoppings também”, disse Glauco Humai, presidente da Alshop.

“Não há razão para os shoppings permanecerem fechados, não há relação entre o funcionamento dos empreendimentos e o aumento do contágio em nenhuma das praças onde os shoppings operam. Os empreendimentos seguiram controles de circulação e ampliaram os protocolos de limpeza quando operaram em São Paulo. Se seguimos as normas, porque estamos sendo constantemente penalizados?”.

Humai disse que o setor pagou R$ 1,2 bilhão em IPTU para a prefeitura de São Paulo, sem que houvesse negociação para parcelamento. “Apenas dois ou três negociaram, foi muito pouco. O setor fez a sua parte”.

Segundo ele, por meio do Banco do Povo, foram colocados R$ 100 milhões em linhas de crédito de apoio ao setor em São Paulo após início da pandemia. “É o mesmo valor que uma entidade, a Fecomercio SP, dispôs às empresas, sendo que no Banco do Povo cobra-se juros de 1% ao mês. E estamos comparando uma federação com o Estado mais rico do país. Levantamos esse ponto nas discussões junto ao governo do Estado, da falta de linhas de apoio”.

Edilson Dantas/Agência O Globo

Fonte: Valor Invest

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