O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na noite deste domingo (1º) conceder mais 90 dias para que a Polícia Federal prossiga com a investigação sobre uma possível ligação do senador Renan Calheiros com um esquema de corrupção envolvendo o Postalis, fundo de pensão dos Correios.
A informação é do jornal O Globo. A investigação, que começou em 2017 e teve seu sigilo levantado no mesmo ano pelo ministro Luís Roberto Barroso, passou por vários magistrados antes de chegar a Dino.
Esta prorrogação marca a primeira atuação de Dino no caso, após a aposentadoria da ministra Rosa Weber. Dino também encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de Calheiros para que o inquérito seja arquivado, solicitando um posicionamento da PGR antes de tomar uma decisão final.
O senador Renan Calheiros é acusado de envolvimento em um esquema de compra de papéis de empresas de fachada, supostamente administradas por Milton Lyra, que seria o operador político de senadores do PMDB e, segundo a PGR, "muito ligado ao senador Renan Calheiros".
Renan Calheiros refuta as acusações e busca o arquivamento do inquérito. Lyra também tenta o arquivamento, mas sua argumentação foi rejeitada por Flávio Dino. Até o fim do ano, o caso deve ter uma definição no Supremo.