No último domingo, 1º de outubro, aconteceu as eleições para conselheiros tutelares em todo o Brasil, de forma unificada, em cada município. Os moradores de Anadia, foram às urnas para escolher seus representantes no Conselho Tutelar. Porém, o que deveria ser um processo democrático e transparente foi marcado por denúncias de irregularidades que deixou à tona corrupção de todas as formas. Uma moradora que testemunhou os eventos chocantes relatou o que ocorreu.
Abuso eleitoral na frente do local de votação
Ao chegarem ao local de votação, os eleitores se depararam com uma cena recorrente: um verdadeiro tapete de santinhos eleitorais da candidata com iniciais L. S. que conquistou o primeiro lugar na votação. Esse cenário caótico gerou indignação e preocupação entre os eleitores, que questionaram a lisura do processo eleitoral.
Exploração de criança para fins políticos
A situação se tornou ainda mais alarmante quando uma moradora notou que, estrategicamente posicionada em frente ao local de votação, havia uma criança segurando muitos santinhos da mesma candidata. Isso causou revolta na comunidade, visto que se tratava de uma exploração inaceitável de uma criança em plena manhã de domingo.
Inércia das autoridades
Para a surpresa dos moradores, durante todo o período de votação, nenhuma providência foi tomada para a remoção dos santinhos que cobriam o local, caracterizando um claro crime eleitoral de despejo de material de campanha. Além disso, a presença de fiscais de candidatos desempenhando funções de mesários gerou um cenário de completa desorganização.
Candidata recebendo eleitores em sua residência
Outro aspecto perturbador foi o fato de que a casa da candidata em questão estava localizada estrategicamente em frente ao local de votação. Durante todo o dia da eleição, ela recebeu a entrada de vários eleitores, inclusive seu filho, que chamava as pessoas para entrar em sua residência, como evidenciado em vídeos.
Afronta aos princípios do Conselho Tutelar
O mais preocupante é que a candidata em questão, que já era conselheira tutelar e conseguiu se reeleger com mais de 600 votos, deveria ser alguém que zela pelos direitos das crianças e adolescentes. No entanto, ao explorar uma criança na porta do local de votação para fins políticos e utilizar seu filho menor de idade para a compra de votos, ela não apenas violou a confiança dos eleitores, mas também afrontou os princípios pelos quais o Conselho Tutelar deve lutar.
A eleição para o Conselho Tutelar em Anadia, foi marcada por graves irregularidades e ações que questionam a integridade do processo eleitoral. Os moradores, indignados com o que testemunharam, esperam que as autoridades competentes investiguem as denúncias e tomem medidas apropriadas para garantir que o órgão responsável por zelar pelos direitos das crianças e adolescentes seja composto por membros que atuem com ética e responsabilidade.