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Universidade Federal

Ufal insatura comissão para apurar caso de assédio sexual

Instituição está atuando para apurar o acontecido e afirma rechaçar qualquer tipo de violência

Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) - Foto: Assessoria
Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) - Foto: Assessoria

A Universidade Federal de Alagoas divulgou uma nota em seu site oficial nesta sexta-feira (4) informando ter instaurado uma comissão para apurar um caso de assédio sexual ocorrido na última semana de Julho. O caso aconteceu no Centro de Tecnologia (Ctec), do Campus A.C Simões, em Maceió.

A publicação feita não deixa maiores detalhes sobre quais foram as circunstâncias do acontecimento, contudo, a instituição se demonstrou favorável para com as vítimas. O diretor do Ctec, professor Vladimir Caramori, já instaurou comissão de investigação preliminar, no âmbito administrativo, para apurar os fatos.

"Consideramos lamentável todo e qualquer tipo de violência, especialmente contra meninas e mulheres. Precisamos dar um basta nesse tipo de situação e, por isso, vamos trabalhar conjuntamente com vários setores da nossa Universidade. Estamos fazendo uma campanha ampla de conscientização e de alerta também. Vamos dizer "não" à violência, não ao assédio contra as mulheres! Estamos no Agosto Lilás, mês de combate à violência contra a mulher, mas essa campanha deve ser permanente", disse o reitor Josealdo Tonholo.

A comissão ficará responsável pela apuração e esclarecimento dos fatos e por recomendar os encaminhamentos pertinentes que podem, inclusive, culminar em procedimento disciplinar. "O processo investigativo preliminar é necessário para ter mais informações para tomar as decisões necessárias e urgentes no âmbito da Ufal", relatou o reitor.

O caso ocorrido no Ctec chegou ao conhecimento do Gabinete da Reitoria na tarde de quarta-feira (2) e, de imediato, a equipe da assessoria técnica foi colocada à disposição da direção do Ctec. A investigação preliminar é necessária para reunir os elementos necessários para poder agir.

"Esse é um caso muito delicado, precisamos preservar a integridade física e mental dos jovens e prestar toda solidariedade e apoio a todos os envolvidos – inclusive familiares – até que tudo esteja suficientemente esclarecido e com os encaminhamentos internos necessários. Temos muito cuidado para não deixar a situação ainda mais difícil. Já colocamos à disposição nossa equipe multidisciplinar da Pró-reitoria Estudantil para atendimento psicossocial necessário. Estamos firmes no propósito de esclarecer os fatos", completou Tonholo.

O professor Vladimir explica que o caso exige cautela e, por isso, o processo vai correr em sigilo para preservar os envolvidos até a apuração dos fatos. "Precisamos agir com firmeza para combater qualquer abuso, mas também com muito cuidado porque toda informação que nos chegou até o momento ainda é proveniente de terceiros e não das pessoas diretamente envolvidas. Isso é muito complicado. Temos que ter a preocupação de não fazer nenhuma acusação, nem linchamento virtual, antes de melhor apuração dos fatos, sob risco de complicar ainda mais uma situação que já é delicada. Por isso instauramos a comissão", reforçou Caramori.

Diretrizes


A Ufal tem uma Resolução Nº 90/2019-Consuni, que disciplina os procedimentos que devem ser adotados em casos de assédio e outras formas de discriminação e preconceito. Esta resolução dá as diretrizes que são seguidas pela comissão da investigação, para o caso em questão e outros, porventura existentes.

A Universidade está atuando fortemente na conscientização contra qualquer forma de assédio, sendo ativa participante das atividades instituídas pela Lei 14.448/2022, através da campanha Agosto Lilás que, em âmbito nacional, promove o mês de proteção à mulher, destinado à conscientização para o fim da violência contra a mulher.


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