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Política

Delação premiada de Élcio Queiroz amplia investigação do caso Marielle, diz Dino

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que a operação realizada nesta segunda-feira, 24, no Rio, teve como base delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz, um dos presos por participação no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que a operação realizada nesta segunda-feira, 24, no Rio, teve como base delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz, um dos presos por participação no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Segundo o ministro, Élcio confessou que dirigiu o carro usado no atentado e disse que Ronnie Lessa – que se diz inocente – foi quem efetuou os disparos. O delator também apontou mais envolvidos no planejamento da execução do crime, entre eles o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o “Suel”, que cumpria pena em regime aberto e hoje foi preso novamente. A delação ainda levou a mandados de busca e apreensão com o objetivo de produzir novas provas para a investigação da Polícia Federal. "Suel" chegou a ser preso em 2020 e foi condenado em 2021 por atrapalhar as investigações. De acordo com o Ministério Público do Rio, o ex-bombeiro era o dono do carro usado para esconder as armas usadas no crime.

“Nós respeitamos todas as investigações ocorridas, mas essa operação com as polícias permitiu mais união. Esse elemento é decisivo. Com a colheita de novas provas, ocorreu a delação premiada do Élcio, que abre nova esperança. E acrescenta essa participação decisiva de Maxwell“, afirmou Dino. “É indiscutível que o crime tem a ver com as milícias, mas até onde vai isso, não sabemos”, disse o ministro. “É um evento de enorme importância o que ocorreu hoje, fruto de muito trabalho, com a delação premiada, novos personagens, confirmação do crime e seus executores. É uma resposta que o Estado brasileiro dá.”

Operação

Segundo as investigações, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa também teria ajudado Ronnie Lessa a jogar as armas do crime no mar. O atentado contra a vereadora e o motorista completou 5 anos no dia 14 de março de 2023 e, até hoje, não há esclarecimentos sobre mandantes e motivação do crime. O policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ter feito os disparos, e o ex-PM Élcio Queiroz, que confessou que estava dirigindo o carro do qual os tiros foram efetuados, estão presos desde 2019 e serão julgados pelo Tribunal do Júri.

Jovem Pan

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