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Golpe Militar

Exército dispara contra manifestantes em novo dia de protestos em Myanmar

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O exército de Myanmar atirou em direção a vários manifestantes em Bagan, cidade histórica na parte central do país, deixando uma pessoa ferida, informou neste domingo, 07, à Agência Efe um dos organizadores do protesto. Milhares de birmaneses saíram novamente para protestar contra a junta militar em outras cidades como Mandalay e Rangoon, onde as forças de segurança lançaram bombas de gás lacrimogêneo, e o que se vê são os uniformizados cada vez mais isolados da comunidade internacional. Revestidos de capacetes plásticos e escudos metálicos nos quais muitos escreveram a palavra “povo”, os manifestantes estão tentando barricar as ruas para impedir o avanço da polícia e dos militares, apesar da severa repressão.

Fontes da Liga Nacional para a Democracia (LND), o partido da líder deposta Aung San Suu Kyi, informou neste domingo através do Facebook que um de seus representantes em Rangum, a maior cidade do país, morreu depois de ter sido preso na véspera pela polícia e por soldados. O deputado da NLD Ko Si Thu Maung afirmou que o morto, identificado como Khin Maung Latt, de 58 anos, havia sido torturado enquanto estava sendo interrogado em sua cela. Funerais estão sendo realizados em várias localidades para aqueles mortos pela polícia e pelos soldados, incluindo 38 mortos somente na última quarta-feira.

Pelo menos 54 manifestantes, incluindo cinco menores, foram assassinados, e centenas ficaram feridos desde o dia 1º de fevereiro, quando a população começou a ir às ruas para protestar contra o golpe militar. Além disso, mais de 1,5 mil pessoas, incluindo políticos, ativistas, jornalistas e monges, foram detidas desde a revolta, das quais mais de 1,2 mil permanecem presas, incluindo Suu Kyi, de 75 anos, que está sendo mantida incomunicável.

Junta militar aposta em campanha de desinformação

A junta militar continua com uma campanha de desinformação na mídia pró-governamental, onde insiste que houve fraude eleitoral nas eleições de novembro, embora elas tenham sido validadas por observadores internacionais, e que as forças de segurança agiram corretamente. De acordo com o jornal pró-governamental “Nova Luz Global de Mianmar”, as autoridades desenterraram o corpo de Kyal Sin, um manifestante que morreu na última quarta-feira, e concluíram após uma autópsia que ela havia morrido de um ferimento de bala de uma arma que não pertencia à polícia ou ao exército.

Isso contradiz os depoimentos de numerosos manifestantes que testemunharam o ocorrido durante os protestos na cidade de Mandalay. Kyal Sin, 19, apelidado de Angel, tornou-se um dos símbolos de resistência contra os militares, que governaram o país com punho de ferro entre 1962 e 2011, antes de iniciar uma transição para o que foi chamado de “democracia disciplinada”. A junta militar também tem cortado o acesso à Internet todas as noites durante semanas, como parte de uma repressão contra a população, que lançou um movimento de desobediência civil contra os fardados.

Dias após a revolta militar, durante a qual parte do governo eleito de Suu Kyi foi presa, a junta cortou o acesso às redes sociais como Facebook e Twitter para impedir que a população se organizasse e compartilhasse vídeos, mas muitos contornaram o bloqueio usando alguns softwares. Os manifestantes exigem que o exército permita o retorno à democracia e reconheça os resultados das eleições de novembro, com ampla vitória da LND, que já havia conquistado maioria em 2015.

*Com informações da EFE

Fonte: Jovem Pan

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