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Estrelas do futebol feminino detonam falta de estrutura do São Paulo

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Formiga e Cristiane, duas das principais jogadoras da história da seleção brasileira, denunciaram a falta de estrutura do futebol feminino do São Paulo. Em entrevista ao portal “UOL”, a experiente meio-campista, formada no Tricolor, falou como foi retornar ao clube em 2021. De acordo com a volante, ela encontrou a mesma estrutura dos anos 1990 e se queixou de alguns pontos, como o gramado sintético para os treinos, a academia com horário limitado e apenas um turno para fisioterapia. “Quando voltei ao São Paulo, foi algo absurdo. Um choque de realidade muito grande. Fiquei muito triste com o que vi. A gente juntava a galera para conversar e debochavam quando eu sugeria melhorias. A estrutura que dão até hoje para o futebol feminino não é boa. Não é bacana”, disse Formiga, relatando que as jogadoras também só podiam utilizar dois uniformes por jogo.

Para Formiga, que defendeu o São Paulo até o fim do ano passado, o principal problema do clube é o gramado sintético. No entendimento da meio-campista, muitas jogadoras se machucaram por causa da estrutura do Tricolor. “Vi muitas meninas rompendo o ligamento do joelho por causa do gramado sintético. Não tem como você treinar a semana toda no sintético para chegar no fim de semana e jogar num campo. Tem uma diferença grande. No campo, você escorrega. É difícil de acostumar. E o clube não oferece sequer uma chuteira de society para elas treinarem. Eu sou cascuda, estou acostumada, então não me prejudicava. Mas eu via as meninas sofrendo. E não imaginava que ainda hoje tudo isso aconteceria. Estamos num momento em que não podemos dar passos para trás. Daqui para frente, tem que ser só melhoria”, contou a volante, que preferiu não renovar o vínculo com o time.

Através das redes sociais, a atacante Cristiane também se manifestou sobre o caso. Atleta do São Paulo em 2019, a centroavante reafirmou suas críticas ao time do Morumbi. “Foram três anos recebendo ofensas e críticas de diversas pessoas por apenas ter falado a verdade, pensando naquilo que deveria ser melhor para as atletas. Precisou outra atleta falar a mesma coisa para que as pessoas enxergassem que eu não estava mentindo. Minha solidariedade à Formiga e às outras atletas que passaram pela mesma situação que a minha. Quando falamos algo que o clube pode fazer para melhorar o futebol feminino, é porque vivenciamos de tudo na vida profissional, altos e baixos. Por isso temos propriedade para falar sobre o que estamos sugerindo. Enquanto tratarem um assunto tão sério com deboche e amadorismo, sempre iremos retornar às obscuridades do passado. Quando pensarem em ter uma equipe feminina, façam com profissionalismo e amor. Do contrário, vocês estarão destruindo o sonho de muitas meninas”, disparou.

Em nota, o São Paulo se defendeu e alegou que a escolha pela grama sintética foi feita em uma votação entre as jogadoras. Além disso, o Tricolor ressaltou que o time feminino tem duas academias e profissionais que atuam em diferentes turnos. “O Departamento Médico da equipe feminina principal conta com duas fisioterapeutas e uma médica. As profissionais trabalham em turnos diferentes, inclusive com atividades de prevenção e ativação por três vezes na semana antes dos treinos matinais e acompanhamento de toda a atividade em campo ao longo da semana, além de trabalhos de recuperação e tratamentos de lesões no período da tarde.”

Veja a nota do São Paulo na íntegra:

A estrutura do clube conta com três locais de treinamento que podem ser utilizados pela equipe durante a temporada: Complexo Social do Morumbi, CFA Laudo Natel e CT da Barra Funda. A escolha pelos treinos no Morumbi, utilizando o campo sintético, foi por votação das atletas no início da temporada, assim como neste ano.

A equipe feminina tem duas academias a disposição das atletas, uma no clube, onde acontecem os treinos durante a semana, e outra dentro da fisioterapia do clube, local onde as atletas que necessitam fazem complemento.

O Departamento Médico da equipe feminina principal conta com duas fisioterapeutas e uma médica. As profissionais trabalham em turnos diferentes, inclusive com atividades de prevenção e ativação por três vezes na semana antes dos treinos matinais e acompanhamento de toda a atividade em campo ao longo da semana, além de trabalhos de recuperação e tratamentos de lesões no período da tarde.

Os uniformes são cedidos pela fornecedora de material esportivo para o clube, de acordo com o previsto em contrato, com troca por temporada (que acontece para todas as equipes e categorias por volta de março).

Fonte: Jovem Pan

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