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Jornal da Manhã

Voto feminino completará 100 anos, mas participação de mulheres na política ainda é pequena

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Hoje, com o voto obrigatório a toda a população adulta, votar é algo muito comum para todas as mulheres. Um cenário muito diferente de 91 anos atrás. Mas, além da participação como cidadãs, é muito importante que as mulheres ocupem mais cargos na política, para ter também mais representatividade. O número de mulheres na política ainda é pequeno. Para se ter uma ideia, dos 55 vereadores da Câmara da capital paulista, apenas 11 são mulheres. Cris Monteiro (Novo) é uma dessas parlamentares e afirma que mais do que ter uma participação na política, as mulheres precisam ser ouvidas. “A gente ainda é vista como ‘café-com-leite’. Estamos ali para ocupar o espaço. A gente tem que, de fato, fazer com que a nossa voz seja ouvida. Essa é uma dificuldade que eu tenho. A nossa voz precisa ser ouvida de forma séria, levada a sério”, diz. Monteiro argumenta ainda que o objetivo não é ocupar o lugar dos homens, mas ter as mesmas possibilidades e oportunidade de forma igual. Ela acredita também que os homens precisam participar do debate: “Precisa trazer o homem para a mesa. O homem precisa vir e entender e discutir e nos ouvir. Porque se ainda tem majoritariamente homens, esse homem precisa ser educado. E a gente precisa estimular, cada vez mais, mulheres para que elas venham para o espaço [político]”.

Em 1889, quando foi proclamada a República no Brasil, muitas mulheres vislumbraram na mudança do sistema governamental a possibilidade de terem direito a voto. Entretanto, esse processo levou mais tempo. O sufrágio feminino caminhou a passos lentos até chegar ao direito pleno de escolher os(as) representantes do país. Foi em 1932 que as mulheres tiveram o primeiro vislumbre de voto, mas apenas as funcionárias públicas podiam votar. No ano seguinte, 1933, aconteceu efetivamente o primeiro voto feminino, na Assembleia Nacional Constituinte. E foi com a Constituição de 1934 que as mulheres puderam votar e se candidatar a cargos públicos como os outros cidadãos.

Apesar da possibilidade, naquela época uma mulher na política não era vista de forma positiva pela maioria da sociedade, como lembra a advogada atuante no direito da mulher Ana Cláudia Cardoso Braga. “Ela entrando na política seria em detrimento ao cuidado da família. Tinha um pensamento desse nível. Então, elas poderiam até se candidatar e serem votadas, mas não obtinham sucesso porque não conseguiam o número de votos suficientes por causa desse pensamento”, explica a advogada.

*Com informações da repórter Camila Yunes

Fonte: Jovem Pan

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