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Protesto de garimpeiros liga alerta no Planalto

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Ministros do governo Lula se reuniram para discutir o tema com o governador de Roraima, Antonio Denarium Um possível protesto de garimpeiros na próxima sexta-feira foi tema de uma reunião na noite desta segunda-feira no Palácio do Planalto entre os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Defesa, José Múcio, da Justiça, Flávio Dino, o governador de Roraima, Antonio Denarium, e o senador Hiran Gonçalves (PP-RR). Também foi feito no encontro um balanço da situação dos Yanomami, que vivem uma grave crise humanitária no Estado por conta do garimpo ilegal em suas terras.

Segundo o Valor apurou, os ministros tentam encontrar uma maneira de desmobilizar o protesto. Mais cedo, fontes do governo tinham dito ao Valor que havia preocupações no Planalto com uma possível rebelião dos garimpeiros, uma parcela significativa da população de Roraima, que estão sendo retirados da terra indígena depois do escândalo provocado pelas imagens de yanomamis famintos na região. Em Roraima, Estado com cerca de 500 mil habitantes, vivem entre 50 mil e 70 mil garimpeiros.

Nenhuma medida foi acertada no encontro e uma nova reunião deve ocorrer nesta terça-feira no Planalto. O governador permanecerá na capital para participar do encontro.

O governo montou nos últimos dias uma força-tarefa para acabar com a crise humanitária enfrentada pela população indígena por conta das atividades de garimpeiros clandestinos que operam no território. A mobilização envolve, cerca de 500 agentes da Polícia Federal, da Força Nacional e das Forças Armadas na região.

Após visitar Boa Vista no último dia 21 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou decreto com várias medidas para interromper a atividade garimpeira ilegal no Estado.

Dentre as medidas, estão a autorização para que a Força Aérea Brasileira (FAB) crie uma Zona de Identificação Aérea sobre o território Yanomami. Essa medida prevê a identificação, o rastreamento e o controle de aeronaves civis que atravessem o espaço aéreo local.

A medida também estipula a abertura de postos de apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e de unidades de saúde na região. Os ministérios da Saúde, da Defesa, do Desenvolvimento Social e dos Povos Indígenas podem requisitar funcionários e bens para atuar no território.

O objetivo do governo, no momento, é estancar a crise humanitária e interromper imediatamente a atividade garimpeira. Mas o Planalto também precisará encontrar uma solução para os milhares de garimpeiros que vivem no Estado, a fim de evitar uma convulsão social no Norte do país.

Garimpo nas terras Yanomami

Bruno Kelly/ISA

Fonte: Valor Invest

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