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Bolsonaro pede votos em igreja evangélica de São Paulo

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Pastor e apoiadores bolsonaristas hostilizaram, perseguiram e ameaçaram processar jornalistas que trabalhavam na cobertura do evento Presidente Jair Bolsonaro

Eraldo Peres/AP

Em tom crítico ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas sem nomeá-lo em momento nenhum, o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) pregou para convertidos na noite desta terça-feira em um culto realizado na igreja evangélica Assembleia de Deus no Brás, na capital paulista.

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Ovacionado num templo lotado de fiéis, que gritavam "mito", Bolsonaro pediu votos no segundo turno.

A cerimônia foi conduzida pelo pastor Samuel Ferreira, presidente executivo da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, que em dado momento reiterou o apoio ao presidente que busca a reeleição dizendo que viajaria em busca votos "do Piauí à Bahia".

"O Brasil é no momento uma das poucas democracias existentes no mundo. Sucumbiram Venezuela, Argentina, Chile, Colômbia. O Brasil, tenho fé em Deus, não embarcará nesse trenzinho do socialismo", disse Bolsonaro, arrancando aplausos - e gritos de "aleluia". O presidente disse que nesses países há "chefes de Estado que tem [pontos] em comum com uma pessoa que busca se eleger no Brasil", e fez paralelo com o ditador Daniel Ortega, da Nicarágua.

"O tal Ortega mandou prender padres, expulsou freiras, fechou sinal de TVs e rádios católicas. Não precisamos passar por isso".

Em mais de uma ocasião a senadora eleita pelo Distrito Federal Damares Alves, que estava presente, foi citada, sendo chamada por Bolsonaro de "embaixadora da família" no Congresso. Ele também destacou o retorno ao Senado de Magno Malta, que se elegeu pelo Espírito Santo, a quem chamou de "leão" que retorna ao parlamento.

Jair Bolsonaro faz campanha eleitoral em igreja evangélica de São Paulo

Érica Polo/Valor

O presidente, ademais, fez aceno à população nordestina , dizendo que perdeu espaço na região, mas que as pessoas "não tem culpa". "Eles foram administrados por pessoas desse partido [referindo-se ao PT] e não queremos piorar a situação deles. Existe gente que está do nosso lado".

Estavam no culto um grupo robusto de apoiadores, como o presidente de honra do PSC, Manoel Ferreira, presidente vitalício da mesma convenção (e pai de Samuel), e com quem o presidente da República disse ter uma "amizade pré-histórica", a primeira dama Michelle Bolsonaro, o senador eleito por São Paulo, Marcos Pontes, e o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas.

Bolsonaro encerrou seu pronunciamento pedindo que os "irmãos" orientassem os mais jovens, as pessoas próximas e as do Nordeste, para que "não embarquem nessa canoa".

Hostilidade e perseguição a jornalistas

O clima no local era hostil à imprensa. O bispo Samuel Ferreira disse que jornais e tevês não eram bem-vindos e que os que ficassem poderiam ser processados.

A imprensa foi convidada pela Presidência da República, que divulga a agenda de Bolsonaro.

No entorno do templo, após a saída do presidente do local, uma repórter de emissora de televisão chegou a ser perseguida por um grupo de fiéis que a chamavam de "mentirosa".

Fonte: Valor Invest

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