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10% dos deputados eleitos firmaram compromisso com agroecologia

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Produtora de agricultura familiar

Divulgação

Pouco mais de 10% das candidaturas para os legislativos federal e estaduais eleitas no último domingo comprometeram-se com políticas de fortalecimento da agroecologia e da agricultura familiar. Na Câmara dos Deputados, 64 eleitos firmaram antes do pleito uma carta-compromisso em prol de políticas para os pequenos produtores. Nas assembleias legislativas estaduais, foram eleitos 87 candidatos comprometidos com o tema.

O levantamento é da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), que durante a campanha buscou assinaturas de candidatos que se comprometessem com a agroecologia. Mais de 20% das candidaturas que aderiram à campanha foram eleitas.

Além dos cargos legislativos, dois governadores eleitos também se comprometeram com a carta-compromisso da ANA: Clécio Vieira (SDD), no Amapá, e Carlos Brandão (PSB), no Maranhão. Nos Estados onde a disputa foi para o segundo turno, os candidatos comprometidos com o tema são Eduardo Braga (MDB-AM), Rodrigo Cunha (UB-AL), Renato Casagrande (PSB-ES), Jerônimo Rodrigues (PT-BA), Rogério Carvalho (PT-SE) e Décio Lima (PT-SC).

Minas Gerais e Rio Grande do Sul foram os Estados que escolheram mais candidaturas parlamentares comprometidas com o setor, com 19 cada. Enquanto a população gaúcha escolheu 13 novos deputados estaduais e 6 federais alinhados à causa, os mineiros elegeram 9 federais e 10 estaduais que assinaram a carta da ANA.

A maioria das candidaturas comprometidas com políticas agroecológicas eleitas pertencem ao PT (70%), seguido do Psol (15%) e PCdoB (5%).

O balanço indica também que 38% das eleitas comprometidas com a agroecologia são mulheres e 61% são homens. Do total, 30% se identificam como negros ou pardos, 2% como indígenas, 4% como amarelos e 67% como brancos.

O desempenho eleitoral foi comemorado pela articulação. “Avaliamos como uma grande vitória o comprometimento de tantos parlamentares e vamos acompanhar o desempenho dos mandatos, buscando ampliar o número de políticas públicas e o volume de recursos destinados à produção agroecológica no país”, disse Flavia Londres, integrante da secretaria executiva da ANA. Segundo ela, é “um passo importante no sentido de confrontar o poder da bancada ruralista nos parlamentos”.

Ao longo da campanha eleitoral, a Articulação Nacional de Agroecologia angariou 692 assinaturas de candidatos em uma carta-compromisso em defesa de políticas como a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), cujo orçamento foi reduzido no governo Bolsonaro e que foi transformado no Programa Alimenta Brasil, e o fortalecimento da assistência técnica rural pública. Os candidatos também comprometeram-se a se opor ao projeto de lei 6299/2002, que retira o poder de veto da Anvisa e do Ibama sobre a aprovação de agrotóxicos.

Fonte: Valor Invest

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