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Política

As novidades na Assembleia Legislativa podem não passar de troca de nomes

Sede da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE/AL) / Foto: Divulgação
Sede da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE/AL) / Foto: Divulgação

Quem acompanha a história política da Assembleia Legislativa de Alagoas, nos últimos anos, caso estômago tenha para isso, sabe que, a cada eleição, há as chamadas "renovações" no parlamento estadual. Entretanto, com exceções, muitas dessas não passam de uma troca de nomes.

O parlamento estadual sempre orbitou – nas discussões sobre temas relevantes – em torno de poucas figuras, mesmo tendo 27 membros. Por exemplo: o deputado estadual Bruno Toledo (MDB) – que foi reeleito agora – surpreendeu em seu primeiro mandato, sendo uma voz combativa ao calheirismo. Depois se rendeu ao MDB. Ele continuou atuante, mas se distanciou daquilo que marcava uma identidade parlamentar que o fez – por diversas vezes – protagonista na Casa de Tavares Bastos. Uma pena!

Na atual legislatura, Davi Maia (União Brasil), Cabo Bebeto (PL), Jó Pereira (PSDB) e Cibele Moura (MDB) tiveram momentos bons de atuação na Casa. O MDB igualmente apagou um pouco o trabalho de Moura. Às vezes parece que na boa grama que o calheirismo pisa nada mais cresce com o mesmo vigor de antes!

Cabo Bebeto foi uma atuante voz conservadora, Davi Maia cumpriu bem o papel da defesa do liberalismo e Jó Pereira, com suas pautas progressistas e, por vezes, discursos quilométricos, se sobressaiu ao ponto de despontar para uma majoritária. São perfis diferentes, mas capazes de levar à Casa temas relevantes que mobilizam o parlamento.

Na próxima legislatura, destes três – Maia, Pereira e Bebeto – apenas Cabo Bebeto lá estará. É sim uma pena a derrota de Davi Maia. É sim de se lamentar que Jó Pereira não faça mais parte do parlamento estadual, mesmo discordando de suas pautas mais vermelhas e ideológicas que causam calafrios em qualquer um que domine a real lógica por trás das fantasias identitárias.

Sobre Jó Pereira, alguns dirão: "Ah, mas os Pereira elegeram Fernando Pereira (Progressistas). Eu vos direi, caros e caras: da família Pereira só consigo enxergar em Jó Pereira a capacidade cognitiva que uma atuação parlamentar eficiente, pautada por estudos relevantes, exige. Afinal, Joãozinho Pereira já foi deputado estadual e confirma o que digo. Espero, evidentemente queimar a língua. Caso erre, reconhecerei.

Os demais novatos, em sua maioria, têm a aparência de uma tendência ou ao fisiologismo ou ao marketing político ajustado ao bom-mocismo do politicamente correto para fazer "cosplay" de atuante e heroico combatente.

Mas, creio que Alexandre Ayres (MDB) tem capacidade para se destacar e ter vida para além do calheirismo, caso assim deseje. Remi Calheiros (MDB) tem tudo para ser o novo Olavo Calheiros da Casa.

Gabi Gonçalves já disse – em texto enviado para a imprensa – que quer ser uma "voz atuante". Vamos aguardar o ímpeto de uma juventude fomentada no fisiologismo que a trouxe à Casa de Tavares Bastos. Pode ser que ela queira ser a "jovem dinâmica". Outro que vem dessa "juventude dinâmica" é o delegado Leonam, mas que os direitistas não esperem dele uma voz de direita...

Os demais, caso surpreendam, farão justiça ao vocábulo surpresa...

No mais, o parlamento tem todas as chances de seguir sendo o mais do mesmo e, com grandes iguais chances, do deputado estadual Marcelo Victor compor a partitura para a orquestra, ainda que não seja o futuro presidente da Casa de Tavares Bastos!

Fonte: Cadaminuto

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