A suspensão da Torcida Organizada Mancha Azul, do CSA, por 60 dias, pelo Ministério Público de Alagoas (MP/AL), e a reunião que prometia selar a paz entre as organizadas de CSA e CRB, realizada com dirigentes da Federação Alagoana de Futebol (FAF) e das duas torcidas, realizadas na semana que antecedeu ao Clássico das Multidões do último sábado (10), ao que tudo indica não deram muito resultado.
Isso porque, após o Clássico das Multidões, realizado no Estádio Rei Pelé, cenas lamentáveis envolvendo a Torcida Organizada Comando Vermelho, do CRB, foram registradas e ganharam as redes sociais. Nas imagens, torcedores regatianos depredaram uma casa, supostamente de um torcedor do CSA, no bairro do Trapiche.
Diante disso, a Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) informou que será encaminhado um pedido de suspensão da organizada nas partidas oficiais do time regatiano, ao Ministério Público de Alagoas (MP/AL).
A atitude da PM de Alagoas partiu, após este caso de violência, protagonizado pelos torcedores do Regatas. Em alguns vídeos que circulam na internet pode-se ver três carros com torcedores chegando ao local para participar do ato. Uma bomba caseira chegou a ser lançada em direção à residência, mas não chegou a detonar - para o bem de todos.
Mas, segundo o comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel PM Pedro Moura, duas pessoas ficaram feridas durante a tentativa de invasão. O Clássico das Multidões foi finalizado em 1 a 1 e acabou ficando apagado, já que as cenas de violência tomaram conta da repercussão semanal.
À GazetaWeb, a Assessoria de Comunicação do MP/AL disse, explicando que a queixa ainda está em andamento: "Os promotores estão esperando receber o relatório com as informações para decidir o que será feito pelo Ministério Público."
O pedido de não participação da torcida é o segundo nesta semana. A Mancha Azul, torcida organizada do CSA, foi suspensa por 60 dias, na última sexta-feira (9), e não pode participar de qualquer partida oficial realizada em Alagoas. O pedido, dessa vez, foi solicitado pela PM, depois das brigas entre torcedores do Azulão e do Náutico, na partida que aconteceu no Estádio Rei Pelé.
O CRB ainda não se pronunciou sobre o caso. Para reservar o direito à resposta a reportagem entrou em contato com a assessoria do clube, que negou que a diretoria faria uma declaração pública sobre o ocorrido, mesmo após o pedido de penalização à torcida organizada mais importante do clube.
Gazetaweb