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Mercado de títulos sugere que Fed pode combater inflação sem recessão

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A demanda por proteção contra a inflação - medida pelos rendimentos da dívida do Tesouro dos EUA protegida contra a alta dos preços - continua em queda O mercado de títulos sinaliza que, na batalha do Federal Reserve (Fed) para frear os preços, o banco central dos EUA será o vencedor. A demanda por proteção contra a inflação - medida pelos rendimentos da dívida do Tesouro dos EUA protegida contra a alta dos preços - continua em queda.

A inflação projetada em cinco anos implícita nesses yields está novamente abaixo de 2,6% em relação ao pico de 3,76% em março. Ao mesmo tempo, o pico esperado pelo mercado para a taxa básica de juros do Fed permanece abaixo de 4%, e os rendimentos dos Treasuries de longo prazo se recuperaram de níveis que sugeriam uma recessão.

“Se a inflação cair para o que as taxas implícitas estão precificando hoje, é possível um pouso suave”, disse Rick Rieder, diretor de investimentos de renda fixa global da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo.

As taxas implícitas dos Treasuries protegidos contra a inflação, ou TIPS, representam a expectativa do mercado para o índice de inflação anual no vencimento da dívida. Embora as tendências dos preços das commodities ajudem a explicar a desaceleração das taxas de inflação implícita de curto prazo – na semana passada, os preços futuros do petróleo e da gasolina caíram para os níveis mais baixos desde janeiro – os indicadores implícitos dos TIPS de longo prazo estão novamente abaixo de 2,5%, mesmo com o CPI (índice de preços ao consumidor) de 8,5% (em 12 meses) em julho.

É um voto de confiança nas autoridades do Fed, o que inclui o presidente Jerome Powell, cujos comentários na quinta-feira enfatizaram a importância de não permitir que as estimativas elevadas de inflação se enraízem nas expectativas dos consumidores. O Fed corre contra o relógio para manter essas expectativas sob controle, afirmou.

Os comentários de Powell consolidaram muito a visão de que o Fed optará por outro aumento de 0,75 ponto percentual dos juros na próxima decisão, marcada para 21 de setembro. Se confirmado, a taxa básica nos EUA terá subido três pontos percentuais desde março.

Na sexta-feira, o governador do Fed, Christopher Waller, e o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, também apoiaram um aumento maior. Autoridades do Fed costumam evitar comentários durante a semana anterior a uma reunião agendada.

Recentemente, no fim de agosto, uma elevação de meio ponto da taxa era vista como o resultado mais provável, com base na precificação de swaps referentes às datas de reunião do Fed. Agora, seriam necessários dados de inflação de agosto muito mais fracos do que o esperado - a serem divulgados nesta terça-feira - para retomar as apostas em um aumento abaixo de 0,5 ponto percentual.

Em julho, a taxa anual do CPI desacelerou mais do que o esperado, para 8,5%. Para agosto, projeções apontam nova desaceleração, para 8%. Mesmo que os swaps atribuam mais de 80% de chances de um aumento maior dos juros em setembro, o pico esperado para a taxa básica do Fed - em março de 2023 - permaneceu abaixo de 4%.

A curva de swaps continua a precificar um corte dos juros de 0,25 ponto percentual em relação ao pico até o fim de 2023, mas há um mês estava precificada em meio ponto. Com isso, o aumento dos rendimentos dos Treasuries de longo prazo – os yields dos títulos de 30 anos ultrapassaram 3,51% pela primeira vez desde 2014 - atenuou a inversão da curva de juros, o que reduz efetivamente as chances de uma recessão.

No entanto, os leilões mensais desta semana de Treasuries de três, dez e 30 anos nesta segunda e terça-feira tendem a criar pressão ascendente sobre os rendimentos, que posteriormente poderiam cair. Esta semana também traz dados das vendas no varejo de agosto na quinta-feira e, na sexta, o indicador das expectativas de inflação com base na pesquisa da Universidade de Michigan.

Pixabay

Fonte: Valor Invest

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