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Commodities: Algodão tem nova alta expressiva em NY

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Cacau, café, açúcar e suco de laranja recuaram na sessão O algodão destoou das demais “soft commodities” e subiu na bolsa de Nova York nesta terça-feira, mesmo depois de ter fechado em seu limite de alta nos dois pregões anteriores. Os contratos para dezembro, os mais negociados, avançaram 2,9% na sessão de hoje, a US$ 1,1685 por libra-peso.

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“Depois de o algodão atingir seu pico em maio, o mercado vinha corrigindo os preços olhando mais para o consumo, que indicava uma acomodação ou mesmo queda, dado o cenário de desaceleração da economia. Mas, de um relatório para outro, o USDA [Departamento de Agricultura americano] tirou 19% da produção americana. Como os EUA são o maior exportador mundial, esse movimento traz a relação de oferta e demanda para um equilíbrio”, resumiu Gil Barabach, analista da Safras & Mercado.

Na semana passada, a primeira estimativa do USDA com pesquisa de campo apontou para uma produção de 2,7 milhões de toneladas, a menor desde 2009/10. O órgão reduzido a previsão de consumo em 8%, para 500 mil toneladas, e em 14,2% a projeção para as exportações, que caíram para 2,6 milhões de toneladas. O corte na estimativa para os estoques finais americanos foi de 25%, para 391 mil toneladas.

Segundo Barabach, além de precificar o recuo da oferta, o mercado também está adicionando um pouco de proteção.

Em relatório divulgado hoje, a consultoria americana Rose Commodity disse que a maior parte da safra no oeste do Texas está “além do ponto” de ser ajudada pelas chuvas, mas que as lavouras em Oklahoma e Kansas ainda têm potencial de melhora. A produção do centro-sul americana, por sua vez, melhorou muito com as chuvas recentes, mas não se espera que os rendimentos gerais fiquem acima da média dos últimos cinco anos. A maior parte da safra nos estados do sudeste parece estar em boas condições.

Segundo reportagem da agência Dow Jones Newswires, os produtores do Sudoeste do país estão abandonando suas lavouras porque elas estão ressecadas. Os analistas dos EUA esperam que os agricultores atingidos pela estiagem abandonem mais de 40% dos 5,6 milhões de hectares semeados com algodão e colham a menor área desde a reconstrução pós-Guerra Civil. Naquela época, em 1868, os rendimentos por hectare eram menos de um quinto do que são hoje, mas o mercado de algodão também era muito menor.

Pluma de algodão em lavoura de Campo Verde (MT)

Fernanda Pressinott

Café

Os contratos do café arábica para dezembro, os mais negociados na bolsa de Nova York, caíram 2,37%, a US$ 2,163 por libra-peso. César de Castro Alves, especialista em agronegócios do Itaú BBA, afirma que o mercado de café continua monitorando o risco de uma possível desaceleração da economia global. Segundo ele, o consumo de café tem se mostrado resiliente, mas é possível que os compradores optem por grãos mais baratos.

“O café não é um produto fundamental para a sobrevivência, e estamos vendo um cenário de inflação no mundo como não víamos há anos. O grão não vai atravessar essa tormenta super tranquilo”, diz.

O Itaú BBA acredita que a safra brasileira 2022/23 será mais parecida com a projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do que com a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que projeta 35,7 milhões de sacas de café arábica e 17,7 milhões de sacas de conilon. O USDA fala em 41,5 milhões de sacas de arábica e 22,8 milhões de sacas de conilon.

O consultor do Itaú BBA diz não esperar grandes riscos climáticos no restante do inverno. “As plantações estão completamente folheadas, o que indica boas condições para o ano que vem. Desde que as chuvas venham em setembro e não falhem, vamos chegar muito bem para a próxima safra”, diz. Ele também não vê a alta dos custos dos fertilizantes como risco para a queda da produtividade. “Os preços estão em patamares que fazem frente aos gastos mais elevados”, pontuou.

Cacau

Os contratos do cacau para setembro, os mais negociados na bolsa de Nova York, caíram 1,14%, a US$ 2.333 por tonelada. Os papéis para dezembro, de segunda posição de entrega, por sua vez, recuaram 1,29%, a US$ 2.370 por tonelada.

A amêndoa tem oscilado entre as indicações de piora da economia global, de problemas climáticos no oeste da África, principal região produtora do mundo, e de falta de insumos, que podem limitar a oferta.

“Apesar de as perspectivas iniciais serem de crescimento da produção neste ano, a instabilidade global tem [afetado] a moagem não somente no Brasil, mas também em outros importantes mercados”, afirmou a diretora-executiva da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de cacau (AIPC), Anna Paula Losi.

Açúcar

O açúcar recuou, acompanhando a queda do petróleo. Os contratos do demerara para outubro fecharam em queda de 1,4% em Nova York, a 18,27 centavos de dólar por libra-peso. Os lotes de segunda posição de entrega, para março do ano que vem, também caíram 1,4%, a 18,25 centavos de dólar por libra-peso.

O Zaner Group disse que os preços voltaram a cair nesta semana devido a uma forte retração nos preços do petróleo no mercado internacional e também ao barateamento da gasolina no Brasil.

“A queda do petróleo bruto deve reduzir ainda mais a demanda de etanol no curto prazo, enquanto o corte nos preços da gasolina anunciado pela Petrobras vai diminuir a vantagem competitiva do etanol”, disse a consultoria, em relatório. O barril do Brent para outubro, referência internacional, recuou 2,9%, a US$ 92,34.

Suco de laranja

No mercado de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ), os contratos mais negociados fecharam em direções distintas. Os papéis para setembro caíram 0,54%, a US$ 1,752 a libra-peso, e os compromissos para novembro, de segunda posição, avançaram 0,1%, a US$ 1,7245 por libra-peso.

Fonte: Valor Invest

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