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Jornal da Manhã

Inflação e falta de insumos afeta 7 em cada 10 indústrias, diz CNI

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Preços lá em cima e a falta de material passaram a ser os maiores problemas mencionados por empresários brasileiros em março deste ano, superando questões como carga tributária e demanda interna insuficiente. De acordo com uma sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o aumento dos custos de insumos surpreendeu mais de 70% da indústria. Já a dificuldade para encontrar matérias-primas se agravou para 76% da indústria extrativa e de transformação e para 85% na construção. A percepção coincide com o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, que atingiu a cadeia de suprimentos mundial numa fase de recuperação pós-crise sanitária.

O gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, destaca as impressões negativas. “Mais de 40% das empresas apontam impactos negativos do conflito [no Leste Europeu] nas suas atividades, muito por conta do aumento no custo da energia e também, associado à guerra, esse novo aumento do preço dos insumos e a dificuldade de conseguir insumos e matérias-primas”, diz. Marcelo Azevedo afirma que aumentou o número de empresários que não têm expectativa de melhora a curto prazo. “Então o percentual dos que esperavam uma normalização apenas em 2023, que era de 10% no ano passado, chegou agora a 25% das empresas, que acreditam que esse problema de custos e de oferta de insumos e matérias-primas vai ser resolvida apenas em 2023. É nesse cenário que uma parte expressiva das empresas está revendo sua estratégia de aquisição de insumos e matérias-primas, tanto nacionais como importados, e procurando, no caso de importados, fornecedores nacionais”, diz.

Segundo a sondagem da CNI, as dificuldades de acesso a insumos, aumento dos preços e custo com energia podem estar atrelados a sanções impostas à Rússia. As barreiras restringiram a oferta de produtos que têm demanda elevada a nível global, como petróleo, gás natural, carvão mineral e insumos agropecuários. A CNI ressaltou que insumos empregados na produção de energia já vinham apresentando escassez no período de recuperação da pandemia da Covid-19. Ao reduzir a disponibilidade de insumos, as restrições impostas pela guerra no Leste Europeu prejudicam a perspectiva de estabilização inflacionária e redução de taxa de juros. Em audiência na Câmara dos Deputados, no entanto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu a alta da Selic para controlar o aumento de preços.

*Com informações da repórter Nanny Cox

Fonte: Jovem Pan

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