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Secretário-geral da ONU propõe cinco ações para impulsionar a transição de energia

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“As tecnologias de energia renovável estão prontamente disponíveis e, na maioria dos casos, são mais baratas do que o carvão e outros combustíveis fósseis”, disse António Guterres Com a divulgação dos dados alarmantes do relatório Estado do Clima 2021 (State of the Climate, no original em inglês), da Organização Meteorológica Mundial (OMM), apontando recorde no aumento do nível do mar, calor dos oceanos, concentrações de gases de efeito estufa e acidificação dos oceanos, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, classificou como “fracasso da humanidade em lidar com as perturbações climáticas” e propõe cinco ações críticas para impulsionar a transição à energia renovável.

Segundo Guterres, o sistema global de energia está aproximando a humanidade cada vez mais de uma catástrofe climática. Para ele, os combustíveis fósseis são um beco sem saída e a guerra na Ucrânia tem intensificado ainda mais os efeitos sobre os preços da energia. A alternativa seriam pesados investimentos em energias renováveis.

“As tecnologias de energia renovável, como a eólica e a solar, estão prontamente disponíveis e, na maioria dos casos, são mais baratas do que o carvão e outros combustíveis fósseis. Na última década, o custo da energia eólica caiu mais da metade. O custo da energia solar e das baterias caiu 85%”, afirma.

As cinco ações

Para isso Guterres propõe cinco ações: primeiro, as tecnologias de energia renovável, como o armazenamento de baterias, devem ser tratadas como bens públicos globais essenciais e disponíveis gratuitamente; segundo, o mundo deve garantir, ampliar e diversificar o fornecimento de componentes críticos e matérias-primas para tecnologias de energia renovável; terceiro, os governos devem construir estruturas e reformar as burocracias para nivelar o campo de atuação das energias renováveis.

Anúncios não são o suficiente, diz Guterres

Alberto Pezzali/AP

Como quarta medida, o dirigente propõe que os governos retirem os subsídios dos combustíveis fósseis para proteger os pobres e as comunidades mais vulneráveis. Por fim, como quinta medida, ele pede que os investimentos públicos e privados em energia renovável triplique para US$ 4 trilhões por ano.

“A cada ano, governos de todo o mundo gastam cerca de meio trilhão de dólares para reduzir artificialmente o preço dos combustíveis fósseis – mais do que o triplo do que as energias renováveis recebem. Enquanto as pessoas sofrem com os altos preços na bomba, a indústria de petróleo e gás está faturando bilhões em um mercado distorcido”, afirma.

Ações no lugar de palavras

Para o presidente do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês), Ben Backwell, o que é necessário, agora, é uma ação urgente, coordenada e prática dos governos, não mais palavras ou declarações de alto nível.

Backwell frisa que a energia eólica e solar podem transformar os sistemas de energia a um custo competitivo. Entretanto, os governos precisam remover gargalos onde os projetos estão paralisados por burocracia desnecessária, licenças e falta de conexões à rede.

“A indústria eólica instalou mais de 100 GW de novos projetos em 2021, de acordo com nossos dados mais recentes. No entanto, precisamos instalar quase quatro vezes essa quantidade todos os anos, para nos colocar no caminho certo e sermos consistentes com a meta de Net Zero [zero emissões] no mundo, de modo que estamos atrás de onde precisamos estar”, diz.

Pixabay

Fonte: Valor Invest

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