Ao menos 43 pessoas morreram nesta segunda-feira, 9, durante um motim na penitenciária Bellavista, em Santo Domingo, no Equador. As autoridades reforçaram que confrontos entre as gangues “Los Lobos” e “R7” estão por trás da violência no local, que fez com que os protocolos de segurança forcem ativados. “Este é um resultado lamentável da violência entre gangues”, tuitou o presidente Guillermo Lasso, que está em viagem a Israel. Os feridos foram levados em caminhonetes e ambulâncias para receber atendimento médico, enquanto familiares se aglomeravam nos arredores da penitenciária.
Desde fevereiro de 2021, cerca de 350 detentos morreram brutalmente em meio a uma violência atribuída pelo governo ao confronto entre os grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas. O país vem vivendo um aumento vertiginoso do tráfico de drogas e da criminalidade, de acordo com as autoridades. Só nesse ano, 82 toneladas de drogas foram apreendidas e em 2021 atingiu o recorde de 210 toneladas. Apesar das múltiplas medidas – que incluem alocação de verba, transferência dos presos mais perigosos a um centro específico e a criação de uma comissão de pacificação – o governo de Lasso não consegue conter as mais graves rebeliões penitenciárias da América Latina. Um mês antes desta nova rebelião em Bellavista, um confronto entre presos do centro penitenciário de El Turi, na cidade andina de Cuenca (sul), deixou 20 mortos, alguns mutilados. O confinamento é outro problema das prisões equatorianas: as 65 penitenciárias do país têm capacidade para 30 mil pessoas, mas abrigam cerca de 35 mil, segundo as autoridades.
*Com informações da AFP
Jovem Pan