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Na Ucrânia, autoridades da União Europeia se encontram com Zelensky e entregam questionário para adesão ao bloco

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, visitou nesta sexta-feira, 8, a cidade de Bucha, onde dezenas de corpos de civis foram encontrados largados nas ruas. A região foi recuperada pelas tropas ucranianas no último fim de semana. Acompanhada pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e o primeiro-ministro ucraniano, Edouard Heger, Von der Leyen visitou as valas comuns cavadas para enterrar os mortos, e depois se encontrou com o presidente Volodymyr Zelensky, em Kiev, onde concedeu uma entrevista coletiva e declarou que a “Rússia afundará na decadência econômica, financeira e tecnológica, e a Ucrânia caminhará em direção a um futuro europeu”.

Von der Leyen aproveitou o momento para declarar ao chefe de estado da Ucrânia, que “se estamos hoje em Kiev é para enviar uma forte mensagem de que a União Europeia está junto com vocês”. Ela fez essa declaração após dizer que a luta de Zelensky também é um combate de bloco europeu. Os representantes da UE aproveitaram a visita para condenar o massacre de civis na cidade de Bucha e o bombardeio na estação de trem de Kramatorsk. “Nossa humanidade foi destruída em Bucha”, declarou Josep Borrell. “Estamos ativando todo nosso poderio econômico para que Putin pague um preço muito, muito alto”, acrescentou.

O presidente Zelensky agradeceu a visita e às rodadas de sanções que estão sendo impostas – ao todo cinco da União Europeia – mas considerou que elas não são suficientes. “Os russos nos tiraram tantas coisas. Nos tiraram territórios, pessoas. Podemos recuperar a terra, mas nunca poderemos recuperar as pessoas”, declarou e pediu que a Rússia seja responsabilizada por tudo o que está fazendo. Durante a entrevista, Von der Leyen falou da vontade da Ucrânia de aderir à UE e entregou um questionário que serve como base de discussões para as próximas semanas. “Estamos juntos com vocês em seu sonho da Europa. Aqui é onde começa seu caminho para a Europa e para a União Europeia”, disse.

Borrell aproveitou o momento para anunciar a reabertura de sua embaixada em Kiev – fechada um pouco antes da invasão à Ucrânia – e disponibilizar cerca de 500 milhões de euros em ajuda humanitária. “É impressionante testemunhar aqui, em primeira mão, que o governo da Ucrânia está funcionando plenamente, mesmo sob circunstâncias muito difíceis. Não é um país invadido e dominado”, declarou. “A UE fornecerá todo o apoio técnico e financeiro necessário para trazer justiça às vítimas e garantir que os responsáveis sejam processados. Não pode haver impunidade”, acrescentou e anunciou uma ajuda de 7,5 milhões de euros para apoiar as investigações sobre supostos crimes de guerra cometidos pela Rússia durante a guerra.

*Com informações da AFP

Fonte: Jovem Pan

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