O partido político Rússia Unida, que conta com a filiação do presidente Vladimir Putin, publicou uma nota em seu site oficial nesta semana e afirmou que pretende nacionalizar as empresas que saíram do país, em decorrência da invasão do Exército do Kremlin ao território ucraniano. Turchak Andrey Anatolievich, secretário do Conselho Geral do partido, destacou em seu posicionamento que a medida busca “preservar empregos e não permitir que nossa economia e nosso potencial produtivo sejam destruídos”. O político destacou, ainda, que a saída das empresas finlandesas Valio e Paulig foram “puramente política” e, com isso, haverá “um grande número de trabalhadores russos demitidos durante a noite”.
Essa é a principal questão a ser combatida, de acordo com o plano de estatização. Chamada de “facada nas costas”, a debandada empresarial no país pressiona Putin, uma vez que centenas de fábricas interromperam suas atividades e o número de desempregados tende a subir vertiginosamente. “Esta é uma guerra real, e não contra a Rússia como um todo, mas contra os cidadãos. Tomaremos duras medidas de retaliação, agindo de acordo com as leis da guerra”, afirmou o representante do grupo político.
A Rússia Unida conta com o controle absoluto das duas casas no Parlamento. Na Duma Estadual, espécie de Câmara dos Deputados, os estadistas contam com 325 das 450 cadeiras elegíveis. Já no Conselho de Federação, o Senado, controlam 142 dos 170 congressistas na casa. Embora seja comum o partido aprovar com rapidez os diversos projetos de lei pautados, a nacionalização das empresas, em questão, ainda não foi proposta pelo legislativo russo.
Jovem Pan