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Reajustes na energia vão deixar impacto inflacionário para o próximo governo, diz iCS

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Segundo cálculo do Instituto Clima e Sociedade, o impacto financeiro para o próximo governo será 2,65 vezes maior em relação à inflação no período Os sucessivos reajustes na conta de luz do brasileiro em 2021 para o enfrentamento da crise hídrica vão deixar um impacto financeiro para o próximo governo 2,65 vezes maior em relação à inflação no período. O cálculo, divulgado nesta segunda-feira (17), é do Instituto Clima e Sociedade (iCS).

O coordenador sênior do Portfólio de Energia do iCS, Roberto Kishinami, afirma que o governo Bolsonaro chega ao último ano de mandato com as contas de luz pesando como nunca em quase duas décadas para os consumidores.

“Para a parcela mais pobre da população, esse impacto é desigual (...) e para 22% há uma troca entre pagar a conta de energia elétrica e comprar comida”, diz Kishinami.

Na média dos três anos de governo, o impacto inflacionário é 2,01 vezes maior em relação à registrada no período e se deve por diversos fatores, como os encargos do setor com subsídios cruzados e aumento do custo de geração pela entrada de fontes térmicas mais caras.

Bomba inflacionária

O especialista afirma que o próximo presidente receberá o país com uma bomba inflacionária por conta do início do repasse para o consumidor dos empréstimos a concessionárias e os contratos de energia mais cara, produzida por combustíveis fósseis. Ele lista três medidas para minimizar esse impacto no bolso do consumidor:

“O próximo governo deve limitar as fontes de energia mais caras, que são as fontes fósseis. Uma segunda medida seria estimular a eficiência energética. E a terceira medida seria estudar uma tarifação progressiva da energia elétrica, já que o peso da energia para os mais pobres é maior”, avalia.

O consultor do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Clauber Leite, acrescenta dados sobre como esse impacto inflacionário é mais danoso entre os mais pobres. Usando dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ele mostra que a inadimplência vem aumentando neste segmento da população.

“Hoje a gente tem cerca de 12 milhões de residências classificadas como baixa renda e 40% dessas famílias não pagam a sua conta dentro do próprio mês. Depois elas acabam pagando por conta da suspensão do corte.”

Para o ex-diretor do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e consultor do iCS Luiz Eduardo Barata, não há uma solução a curto prazo para amenizar este impacto inflacionário ao consumidor. “Todas as medidas tomadas recentemente foram no sentido de aumentar a tarifa.”

MorgueFile

Fonte: Valor Invest

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