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Entidades e poder público discutem saídas para o combate ao racismo no Brasil

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Representantes de diversos setores da sociedade se reuniram, nesta quarta-feira, 25, na Universidade Zumbi dos Palmares, em São Paulo para discutir possíveis mudanças na abordagem de profissionais de segurança em casos de conflito. O evento acontece dias depois da morte de João Alberto Silveira Freitas, homem negro que foi espancado por dois seguranças de uma unidade do supermercado Carrefour em Porto Alegre.

Ao lado de representantes da Polícia Militar, da Guarda Civil Metropolitana, do Ministério Público de São Paulo e de instituições que representam os profissionais da segurança pública, o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, classificou o encontro como positivo. “Nós precisamos de uma sociedade em que negro, branco e todos possam entrar e sair dos estabelecimentos e voltarem vivos. As expertises estão agora disponíveis para esse tema, o que nunca tivemos antes. Produzir solução para esse tema social tão sério é também papel da Universidade, que tem as ferramentas e tecnologias para ajudar.”

Entre as propostas debatidas, José Vicente sugeriu que os chefes de segurança dos estabelecimentos fiquem junto aos subordinados e não mais em salas separadas, além de pedir por maior transparência e formalização da categoria. O reitor da Universidade Zumbi dos Palmares destacou, ainda, que é necessário mudar a mentalidade e o tipo de treinamento desses profissionais. “Se nós pegássemos o alvo em que treinam os policiais e virar de ponta cabeça. O bom policial não é mais quem acerta no coração, pescoço e cabeça. É quem acerta no dedo do pé. Você compreendeu?”

O secretário executivo da Polícia Militar de São Paulo, Coronel Camilo, esteve no evento representando a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Ele colocou a pasta à disposição para ajudar no combate ao racismo e afirmou que a educação dos profissionais da área é fundamental. “Trabalhar na causa, trabalhar na formação, no ensinamento, na educação dos nossos colaborados. Não só na vertente do ensino técnico, saber usar as armas. Mas internalizar valores. Tem outra pessoa do outro lado.” No encontro, também foi criado um grupo de trabalho para tentar estabelecer um protocolo de atuação dos seguranças e evitar casos de violência e racismo. Os representantes das empresas de segurança criticaram a informalidade no setor e pediram mais fiscalização das autoridades.

*Com informações da repórter Beatriz Manfredini

Fonte: Jovem Pan

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