Dólar
Euro
Dólar
Euro
Dólar
Euro

Anvisa

Pazuello critica Doria por vacinar primeiro brasileiro em SP: "Não faremos uma jogada de marketing"

Imagem de destaque da notícia

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, fez um pronunciamento neste domingo, 17, após a Anvisa aprovar o uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19: a CoronaVac, fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan, e a de Oxford, desenvolvida pela universidade inglesa em parceria com o laboratório AstraZeneca e produzida no país pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Após a aprovação pela agência, a enfermeira Mônica Calazans, que trabalha na linha de frente no Hospital Emílio, recebeu uma dose da vacina da CoronaVac no Hospital das Clínicas, ao lado do governador de São Paulo, João Doria. A profissional foi a primeira brasileira a receber a vacina contra Covid-19. Em seu pronunciamento, Pazuello fez duras críticas à ação de Doria.

“Nós temos em mãos, neste instante, tanto as vacinas do Butantan quanto a da AstraZeneca e poderíamos, em um ato simbólico ou em uma jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa. Mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso. Não faremos uma jogada de marketing.”, iniciou o ministro após se solidarizar com as famílias das vítimas da doença no país e agradecer o trabalho do Instituto Butantan e da Fiocruz. Em seguida, Pazuello disse que determinado que a coordenação do Plano Nacional de Operalização para Vacinação contra Covid-19 seria executada pelo Ministério da Saúde e que quebrar o pacto seria “desprezar a igualdade” entre os estados e os brasileiros.

“Senhores governadores, não permitam movimentos políticos eleitoreiros se aproveitando da vacinação em seus estados”, aconselhou Pazuello. “O nosso único objetivo neste momento tem de ser o de salvar mais vidas e não fazer propaganda própria.” O ministro afirmou que o ato de Doria deverá ser analisado pela Justiça. “Todas as vacinas produzidas pelo Butantan estão contratadas de forma integral e de forma exclusiva para o Ministério da Saúde, para o PNI. Todas, inclusive essa que foi aplicada agora. Isso é uma questão jurídica que não vou responder agora porque é a Justiça que tem que deferir”, afirmou. “Está dado o primeiro passo para a maior campanha de vacinação do mundo contra o coronavírus”, disse. “A vacinação de forma igualitária e simultânea, sem deixar nenhum brasileiro para trás, sem discriminar cor da pele, credo religioso e classe social, tribos e, principalmente, sem dividir o nosso país.”

Segundo o ministro, o departamento logístico do Ministério da Saúde começará a preparação específica dos lotes para cada estado e distrito federal, considerando os grupos prioritários, ainda neste domingo. A quantidade de doses que irão para cada localidade será divulgada hoje pelo Ministério da Saúde. Amanhã, às 7h da manhã, a distribuição da vacina a todos os estados, com apoio do Ministério da Defesa, por deslocamento aéreo, será iniciada. De acordo com Pazuello, o imbróglio com as doses de Oxford aconteceu por causa do início da vacinação na China. “É muito provável que a gente consiga coordenar essa entrega para o começo da semana.”, disse sem especificar uma data. O ministro também afirmou que a produção de doses pela Fiocruz depende da vinda de insumos da China e, assim como a importação das doses da China, esse seria um problema da AstraZeneca, não do Ministério. O ministro explicou que a empresa foi contratada e é responsável por fazer o intermédios.

Sobre a situação de Manaus e a divisão de doses por unidade federativa, uma taxa de risco foi criada. “Determinei ao secretário que incluísse uma taxa de risco dentro da proposta de distribuição justamente para nos avaliarmos e podermos ter a flexibilidade em cima daquele local que está com maior risco”, explicou Pazuello. O ministro também esclareceu que o uso emergencial foi aprovado para as doses importadas de cada vacina. “O Butantan já tem algo em torno de 910 mil doses prontas e tem mais 1,3 milhões na parte de qualidade final de produção. Mas o Butantan ainda não pediu autorização de uso emergencial para essas doses produzidas no Brasil. A autorização emergencial dada pela Anvisa é para as 6 milhões de doses importadas”, enfatizou. “As ações com a AstraZeneca estão sendo bem trabalhadas, já que se ela atrasar na importação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), ela que me entregue a vacina pronta, que já está com o uso emergencial aprovado.”

Fonte: Jovem Pan

Comentários

Leia estas Notícias

Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis