Uma operação deflagrada pela Polícia Civil nessa quarta-feira (10), com o objetivo de reprimir crimes praticados por pessoas que se passavam por servidores públicos para aplicar golpes, cumpriu seis mandados de prisão e sete de busca domiciliar nos municípios de Serra (ES) Vila Velha (ES) e Teófilo Otoni (MG). A ação, batizada de "Imitatore", foi coordenada pela Divisão de Combate à Corrupção (Deccor), da Polícia Civil de Alagoas (PCAL), coordenada pelo delegado José Carlos dos Santos, por meio da Seção de Combate à Lavagem de Dinheiro.
A operação foi realizada em Alagoas e nos estados do Espirito Santo e Minas Gerais. O delegado José Carlos (PCAL) disse que os principais envolvidos na Organização criminosa (Orcrim), em pouco mais de um ano e meio, movimentaram mais de R$ 10 milhões.
De acordo com o delegado José Carlos, as investigações levantaram que os envolvidos obtinham criminosamente dados de idosos das forças armadas e se passavam por funcionários de associações de pecúlio para obter dinheiro das vítimas. Idosos eram levados a acreditar que possuíam valores a receber da extinta CAPEMI e pagavam aos envolvidos no esquema quantias a título de honorários ou taxas.
"Após o primeiro pagamento, outros envolvidos faziam novos contatos para fazer o que o grupo chamava de repique: criar novos embaraços para obter mais dinheiro. Somente de duas vítimas de Alagoas os envolvidos lucraram mais de R$ 1,3 milhão. Além da prática de estelionato contra idosos, o grupo chegava a praticar extorsão em alguns casos", revelou o coordenador da DECCOR da PCAL.
A Operação Imitatore
Os delegados da PCAL, José Carlos Santos e Lucimerio Campos, viajaram para o estado do Espirito Santo e lá se juntaram ao delegado Brenno Andrade, titular da DRCE (ES), na coordenação da Operação Imitatore. Já em Minas Gerais, as diligências ficaram sob a responsabilidade da delegada Mariana Ceolin, da Delegacia de Repressão ao Tráfico de Drogas e Crimes Cibernéticos e Delegacia Regional de Teófilo Otoni.
Segundo o delegado José Carlos, a operação foi exitosa, pois tirou das ruas um grupo impiedoso com idosos das forças armadas, além de causar impacto no patrimônio dos líderes da Orcrim.
"Os presos e outros investigados responderão por 29 crimes de estelionato contra idosos, extorsão, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa", concluiu.
Os delegados José Carlos dos Santos e Lucimerio Campos, da PC alagoana, ainda estão no Espirito Santo, e todo o material apreendido será analisado pelos policiais civis.